tag:blogger.com,1999:blog-51195231026919033052024-03-05T02:58:10.899-03:00FilocinéticaNelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.comBlogger155125tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-56684279227511540482016-09-23T07:41:00.002-03:002016-09-23T07:41:29.478-03:00Contra a reforma da educação.<div style="text-align: justify;">
Estamos presenciando um momento de obscurantismo na sociedade brasileira. A retirada da obrigatoriedade de filosofia, bem como sociologia, artes e educação física já demonstra a falta de irresponsabilidade de um governo que apenas procura desfazer as conquistas da sociedade. É um gigantesco retrocesso na educação, sob pretextos ambíguos, ois como pensar em melhor educação retirando matérias tão importantes quanto matemática ou português. Achar que não são importantes é não conhecer a amplitude da educação. Os gregos antigos, detentores de uma sociedade memorial jamais separou as ciências da filosofia, artes, e esportes. Além de ter uma falta de sensibilidade com os milhões de profissionais destas áreas. Deixo desta forma, o meu repúdio a este governo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-uh2--ADKIoA/V-UGlzU0nHI/AAAAAAAABkE/B9__EKeDMU4w0GL8NbPL_QC2J1wXD9vRwCLcB/s1600/download.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="371" src="https://1.bp.blogspot.com/-uh2--ADKIoA/V-UGlzU0nHI/AAAAAAAABkE/B9__EKeDMU4w0GL8NbPL_QC2J1wXD9vRwCLcB/s640/download.png" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nelson L. Rodrigues</div>
<div style="text-align: justify;">
professor de filosofia e criador do filocinética.</div>
Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-5243819481168722642015-04-20T12:31:00.000-03:002015-04-20T12:37:37.692-03:00Expressionismo, cinema e psicanálise no cinema do início do século XX<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-xLgF9Q6eWCw/VTUasoBsJ_I/AAAAAAAABg4/bbW21c3xoeo/s1600/munch.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-xLgF9Q6eWCw/VTUasoBsJ_I/AAAAAAAABg4/bbW21c3xoeo/s1600/munch.jpg" /></a><a href="http://4.bp.blogspot.com/-6o2imQ-oZS8/VTUaqhrGrTI/AAAAAAAABgw/wZsX8K1Wfz0/s1600/caligari.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-6o2imQ-oZS8/VTUaqhrGrTI/AAAAAAAABgw/wZsX8K1Wfz0/s1600/caligari.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p> </o:p><b style="line-height: 150%;"><i><span style="background: white; color: #252525; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 150%;">O Grito</span></i></b><span class="apple-converted-space" style="line-height: 150%;"><span style="background: white; color: #252525; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 150%;"><span style="text-align: start;"> </span></span><span style="background: white; color: #252525; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 150%;">(<b><i>Skrik)1893 Cartaz do </i></b></span></span><b style="color: #252525; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 150%;"><i>filme de 1919 </i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Faz-se necessário algumas reflexões, antes de tudo, sobre o período
histórico em que surge o expressionismo. Seu aparecimento surge em meio a crise
na Alemanha após a primeira guerra mundial e a pouca vida da república de
Weimar. Tudo isso contribuiu para refletir posições contrárias ao racionalismo
moderno e ao cientificismo. Para acrescentar, o pensamento de Nietzsche contra
o racionalismo e o retorno a outras formas de compreensão do mundo embalados
pela força dionisíaca da arte extasiática contribuiu para uma mudança de
paradigmas na sociedade européia.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>O Grito</i> é
uma obra biográfica, ela é encontrada na própria vida do artista Munch, um
homem controlado pelo pai rígido, e que assistiu quando criança à morte da mãe
e de uma irmã. Munch cortou relações com o pai e integrou-se a cena artística
de Oslo. Teve uma carreira difícil e repleto de problemas amorosos e familiares
como o caso da irmã Laura que foi diagnosticada com doença psiquiátrica. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">
O que significa ‘expressionista’? Apenas que não foram usados cenários
realistas. Isso já se fazia e se chamava ‘estilização’. [...] Referente à
qualidade mental do filme, trata-se de uma linha que começou com o Golem e O
estudante de Praga. A fábula é comum e sente-se sua origem em E.T.A. Hoffmann e
Poe. O manuscrito não contém nada, mas nada mesmo de extraordinário. Michael
Korfmann, Romântico, expressionista e colorido...</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">
Mas a direção representa um início para novas possibilidades fílmicas.
Temos cenários de uma fantasia irreal. [...] O mais importante é que a invenção
dos cenários criou a realidade fílmica dos caracteres de Caligari, um mundo
diferente do mundo dos outros. (Die Neue Schaubühne, 1920).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Além da
Influencia da filosofia de Nietzsche encontramos na teoria do inconsciente de
Freud seu grande motor, os artistas alemães do início do século fizeram a arte
ultrapassar os limites da realidade e da pretensa estabilidade da consciência.
Neste momento, creio que as descobertas do inconsciente e da configuração do
aparelho psíquico do sujeito moderno foi o aspecto mais importante na formação
da estética expressionista, podemos perceber este ingrediente nas obras de
Munch com seu quadro "O grito" de 1893 em que transparece a agonia e
o desespero. E podemos perceber que no filme, a temática transparece desde o
cartaz da obra fílmica até os personagens, no começo, já aparece a cena meio
onírica, e logo após os personagens como o sonâmbulo, o dr. Caligari - podemos
fazer um paralelo com Freud, que no início utilizava a hipnose para tratamento
dos doentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Os elementos psíquicos como a agonia e o desespero contidos no quadro <b>O</b> <b>grito</b>
estão presentes não só na personagem disforme, ela também transparece uma vida
sem sentido e desesperadora, onde a condição humana é difícil de assimilar e
sustentar. O quadro reflete tão bem que nos identificamos, a ponto de sentirmos
a dor do pintor. Dessa forma, ao ver o mundo torto e disforme vemos a nós mesmo,
em nosso interior podemos ver a confusão de pensamentos, sentimentos e emoções,
um intenso pulso primitivo que nos coloca em uma luta eterna entre o interior e
o exterior da psiquê humana. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_s1030" type="#_x0000_t75" style='position:absolute;
left:0;text-align:left;margin-left:35.55pt;margin-top:.35pt;width:191.25pt;
height:147.75pt;z-index:-1' wrapcoords="-85 0 -85 21490 21600 21490 21600 0 -85 0">
<v:imagedata src="file:///C:\Users\NELSON~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image005.jpg"
o:title="images (1)"/>
<w:wrap type="through"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-zwgBlpphkRY/VTUa98BqxKI/AAAAAAAABhA/w7YGnY91Jg8/s1600/images%2B(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-zwgBlpphkRY/VTUa98BqxKI/AAAAAAAABhA/w7YGnY91Jg8/s1600/images%2B(1).jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p> </o:p><span style="line-height: 150%;">Nos filme, de
Wiene de 1920 podemos ver os personagens enigmáticos que condiz com o mistério
que envolve o inconsciente do indivíduo, as descobertas psicanalíticas de Freud
no início do século XX trouxe para o pensamento contemporâneo uma retomada de
velhas questões que não foram resolvidas completamente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">
A abstração(...) nasce da grande inquietação que experimenta o homem
aterrorizado pelos fenômenos que constata a seu redor e dos quais é incapaz de
decifrar as relações, os misteriosos contrapontos. Essa inquietação primordial
diante do ilimitado faz com que o homem tenha o desejo de "arrancar"
o objeto de seu contexto original (...), com o objetivo de, tornando-o
"único", atingir seu absoluto. Os povos germânicos, atormentados por
uma discordância interior, que encontra obstáculos quase insuperáveis, precisam
desta patética agonia que conduz à enigmática "animação do
inorgânico", (...) um papel fundamental em um filme como O Gabinete do Dr.
Caligari (...). A energia vital presente no inorgânico, estado de animação
suspensa em que se encontram os objetos, são o caminho para atingir a essência
de seu "absoluto". (<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">RUBINATO,
http://www.contracampo.com.br/01-10)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Os sonhos e as
perturbações pulsionais do indivíduo tomam outra importância. A sinopse do
filme é simples, mas, criativa, o doutor Caligari, personagem do título é um
médico que viaja de cidade a cidade procurando feiras para exibir seu espetáculo
aberrante, o ele tem sob sua custódia o sonâmbulo Cesare - interpretado pelo
ator Conrad Veidt - que é descrito como um homem que está dormindo há 23 anos. Certa
noite, em uma de suas exibições em uma cidadezinha da fronteira, Cesare
desperta, e prevê que um dos espectadores irá morrer na próxima noite. Quando a
previsão se confirma, Caligari e Cesare tornam-se então os principais suspeitos
do crime. O ambiente do filme possui uma relação cenário-emoção como bem notou
o estudioso Hugo Münsterberg.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 3.0cm; text-align: justify;">
O Efeito gerado pelo ambiente pode e deve ser muito explorado na arte
dramática. Todos os elementos cênicos deveriam estar em harmonia com as emoções
fundamentais da peça; aliás, não são poucos os atos cujo sucesso se deve à
coerência da impressão emocional decorrente de uma ambientação perfeita, que
reflete as paixões da mente. Do palco ao estilo de Reinhardt com seus efeitos
estéticos de cor e forma – ao melodrama barato – com luz azul e música suave na
cena final – a cenografia conta a estória da emoção íntima. Mas é na arte
cinematográfica que se abrem as melhores perspectivas de utilização desses
recursos expressivos adicionais que emanam do ambiente, dos elementos cênicos,
das linhas, das formas e dos movimentos.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_s1028" type="#_x0000_t75" style='position:absolute;
left:0;text-align:left;margin-left:25.8pt;margin-top:-25.95pt;width:159pt;
height:116.6pt;z-index:-3' wrapcoords="-90 0 -90 21477 21600 21477 21600 0 -90 0">
<v:imagedata src="file:///C:\Users\NELSON~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image006.jpg"
o:title="images"/>
<w:wrap type="through"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Zm_cWfupcrQ/VTUbHCOoOBI/AAAAAAAABhI/6QagVyKfbNo/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-Zm_cWfupcrQ/VTUbHCOoOBI/AAAAAAAABhI/6QagVyKfbNo/s1600/images.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p> </o:p><span style="line-height: 150%;">O cenário do
filme, com forte influência do cubismo nos remete aos mundos oníricos, sombras
perturbadoras, paredes tortas e linhas vertiginosas causam uma impressão
estranha no espectador, como se nada daquilo fosse real, concreto, ao mesmo
tempo, podemos também perceber que há um jogo lúdico de luz e sombras formando
figuras estranhamente geométricas, rompendo assim com o paradigma real-irreal.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape
id="_x0000_s1029" type="#_x0000_t75" style='position:absolute;left:0;
text-align:left;margin-left:.3pt;margin-top:.05pt;width:195pt;height:145.5pt;
z-index:-2' wrapcoords="-83 0 -83 21489 21600 21489 21600 0 -83 0">
<v:imagedata src="file:///C:\Users\NELSON~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image008.jpg"
o:title="images (2)"/>
<w:wrap type="through"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p> </o:p><span style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-gvj1z3TOwVs/VTUbNAXOl_I/AAAAAAAABhQ/-t1OtH4qUl0/s1600/Cesare-150x150.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-gvj1z3TOwVs/VTUbNAXOl_I/AAAAAAAABhQ/-t1OtH4qUl0/s1600/Cesare-150x150.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p> </o:p><span style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;">Depois destes aspectos vistos podemos com certeza localizar o filme
expressionista e a obra de Munch no mundo psicanalítico de Freud, é a
descoberta de um instinto que impulsiona o comportamento humano, e mostra que o
consciente estático admitido desde a antiguidade por Platão e racionalismo não
se sustenta como uma verdade livre de qualquer contradição em seu interior.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Filmografia:</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Robert Wiene. O gabinete do
doutor Caligari. (<span style="background: white; font-size: 10.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Kabinett des Dr.
Caligari</span>) Alemanha.
1920<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Referencias
bibliográficas:</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Die Neue
Schaubühne (Dresden) 13 de maio de 1920, [online] Disponível em: <http: www.filmhistoriker.de="">. Acesso em março de 2005.</http:></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">RUBINATO, Alfredo – O Despertar da
Besta: A alma do expressionismo alemão e sua tradução estética do cinema –
Revista Contracampo, disponível em
http://www.contracampo.com.br/01-10/expressionismoalemao.html <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">XAVIER, Ismail. A Experiência do Cinema:
antologia p.49. Rio de Janeiro, Graal/Embrafilme, 1991<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-69090054524808549522015-03-22T16:43:00.003-03:002015-03-22T16:43:54.742-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-y0sM53VY7-Q/VQ8a_U5js6I/AAAAAAAABgA/dyVj8Vysg8g/s1600/logo_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-y0sM53VY7-Q/VQ8a_U5js6I/AAAAAAAABgA/dyVj8Vysg8g/s1600/logo_2.jpg" height="88" width="320" /></a></div>
<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Aberta as inscrições dos cursos Narravis de 2015.1</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<strong style="color: #443e62; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">No link abaixo encontra-se a lista dos cursos oferecidos no 1º. semestre de 2015. Todos os cursos terão duração de 12 semanas, início em 6 de abril e término em 28 de junho. Aqueles que concluírem satisfatoriamente o curso receberão certificado de participação registrado na Pró-Reitoria de Extensão da UNIVASF.</span></strong></div>
<div>
<strong style="color: #443e62; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></strong></div>
<div>
<span style="text-align: justify;"><span style="color: #443e62; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>http://www.narravis.com.br/cursosoferecidos2015_1.html</b></span></span></div>
Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-91706371028110040072014-02-11T18:16:00.001-03:002014-02-11T18:34:27.670-03:00<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-H00jn8lTM_0/UvqRDD3FokI/AAAAAAAABcQ/opaAwINQvx4/s1600/thelma1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-H00jn8lTM_0/UvqRDD3FokI/AAAAAAAABcQ/opaAwINQvx4/s1600/thelma1.jpeg" height="136" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); text-align: left; }P.western { font-family: "Liberation Serif","Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "DejaVu Sans"; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "DejaVu Sans"; font-size: 12pt; }A:link { }</style>
</div>
<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); text-align: left; }P.western { font-family: "Liberation Serif","Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "DejaVu Sans"; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "DejaVu Sans"; font-size: 12pt; }A:link { }</style><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nelson
Lopes Rodrigues</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
</div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b> Thelma
and Louise</b> (Thelma e Louise – 1991), é um filme americano
concebido e escrito por Callie Khouri, co-produzido e dirigido por
Ridley Scott, e estrelado por Geena Davis como <i>Thelma</i>, Susan
Sarandon como <i>Louise</i>, e Harvey Keitel como um simpático
detetive tentando resolver crimes que as duas mulheres cometem. </span>
</div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> A
liberdade é o grande <i>leitmotiv</i><span style="font-style: normal;">
desta obra cinematográfica, ela nos proporciona uma reflexão, a
saber, a relação entre a liberdade e a existência como fundantes
do sujeito, como Beauvoir “querer a liberdade, querer desvelar o
ser, é uma única e mesma escolha”. (BEAUVOIR, 1947, p.114). A
liberdade e a existência aqui desenvolvida gira em torno dos
problemas existencialistas. Dessa forma, colocaremos aqui alguns
autores que notoriamente se debruçaram para desenvolver
filosoficamente o tema. </span></span>
</div>
<div class="western" style="font-style: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Na
primeira cena o espectador é levado a perceber a imensidão do
deserto norte americano. A longa tomada nos revela já de antemão um
mundo livre e imenso que invade toda a tela e se coloca como uma
representação da totalidade do mundo. Esta totalidade, é a própria
totalidade da existência que se lança na em direção ao sujeito.
Neste ambiente deserto e aparentemente sem vida, Thelma e Louise são
jogadas com protagonistas, e a imensidão se dá na própria força
desta imensidão que vou chamar aqui de totalidade. E quando o
sujeito está lançado nesta totalidade é preciso que realize sua
meta interna, mas entre o passado e o futuro está o ser e por isso é
necessário que este passado esteja realizado como afirmou Sartre
quando diz “Assim, para que o futuro seja realizável, é preciso
que o passado seja irremediável”. (SARTRE, 2000, p. 611)</span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; text-align: justify;">
<br /><br />
</div>
<div class="western" style="font-style: normal; margin-left: 4.04cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Para Sartre (2000), o nosso passado
jamais pode determinar o nosso futuro, pois aquilo que é (o passado)
não pode atuar sobre aquilo que não é (o futuro). Contudo, para
que haja escolha, para que se possa prefigurar o futuro, é
indispensável haver também um passado, pois este toma a qualidade
de imutável, que por sua vez pode ser mudado. Assim, toda e qualquer
mudança só se torna possível a partir daquilo que é e permanece
sempre a mesma coisa. O passado não pode ser mudado, isto é fato
inegável. Todavia, somente a partir dele é que tomamos nossas
decisões, pois a sua presença está marcada em todos os nossos
projetos. (BORGES, A. T; CAPELLI, D. C; AZEVEDO, M. K; VIEIRA, J. ª
2009, p.18)</span></div>
<div class="western" style="margin-left: 4.04cm; text-align: justify;">
<br /><br />
</div>
<div class="western" style="font-style: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Depois
da cena do deserto, o espectador percebe a vida das duas
protagonistas, Thelma e Louise suas duas mulheres jovens que vivem
uma vida comum e corrente de uma cidade pequena dos EUA. Elas viajam
para um passeio e passam a serem perseguidas pela polícia do estado.</span></div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">A
liberdade é um dos conceitos filosóficos de maior empenho reflexivo
da humanidade e com mais extensas consequências para a civilização.
Ao longo do tempo a filosofia foi construindo em torno desta
problemática e na tentativa de englobar toda a totalidade, e que
permanece até os dias atuais um dos temas inacabados, ou seja, sua
definição ainda se apresenta como um problema insolúvel, talvez a
linguagem cinematográfica possa trazer algumas contribuições para
resolver. Segundo Aristóteles, a ação ética do sujeito está
ligada intrinsecamente com a liberdade da vontade, ou seja, há uma
vontade que fundamenta a liberdade. </span></span>
</div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<br /><br />
</div>
<div class="western" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">As
bestas não são dotadas de liberdade, mas os deuses também não.
Contudo, é com muita dificuldade que o homem abdica daquilo que
acredita ser uma condição privilegiada e que lhe permite ser a
causa – num sentido mais nobre do que o meramente mecânico –
das suas ações. A dicotomia entre aquilo que o agente faz e aquilo
que lhe acontece permite antever em que circunstâncias a vida é
considerada verdadeiramente humana, e constitui o tema das tragédias
gregas, onde vemos personagens com um bom </span><i>êthos</i><span style="font-style: normal;">
sofrerem vários golpes de infortúnio, evidenciando-se a diferença
entre a observância de virtudes e o desenrolar de uma vida virtuosa.
Desta forma, a relevância da tyché na vida humana é posta a
manifesto, assim como a complexidade de certos dilemas éticos, cujo
desenlace resulta muitas vezes de algum tipo de constrangimento a que
a personagem se vê sujeita, envolta num ambiente de uma certa
fatalidade e de contingência em simultâneo. Condição de
possibilidade da acção e da produção, a contingência é também
causadora da fragilidade e da vulnerabilidade do bem humano. (SANTOS,
2008, p.36)</span></span></div>
<div class="western" style="font-style: normal; text-align: justify;">
<br /><br />
</div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<br /><br />
</div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> No
filme podemos ver as duas protagonistas entrar em um a situação
que elas não estavam planejando, por um momento, as duas estão
divertindo-se em um bar, e em outro momento, já estão fugindo da
policia após matarem um homem no estacionamento do bar. Elas foram
lançadas pela existência em uma situação que elas não tinham
planejado. Entretanto, elas tinham duas escolhas, elas poderiam ir
direto para a polícia e dizer que agiram por defesa de suas honras,
já que uma delas foi violentada pelo homem. Mas, elas decidiram
tornar fugitivas da polícia, e após um tempo, ao serem assaltadas
pelo jovem (atuação de Brad Pitt) elas tornam assaltantes. Aos
poucos, o espectador percebe as duas jovens vão se transformando em
outras pessoas, pessoas mais “livres”, essa liberdade está sendo
imposta pela própria existência. Elas não decidiram sair de casa e
tornarem-se bandidas, elas foram “jogadas” em uma situação que
levou-as ambas as protagonistas a tomarem decisões sobre suas vidas.
Segundo Aristóteles, o agir correto do homem está ligado
intrinsecamente com a sua capacidade de agir livremente, segundo um
“liberdade da vontade”, ou seja, implica necessariamente em uma
ação voluntária do sujeito, há dessa forma, uma liberdade
intrínseca ao ser, ou seja, há um “livre arbítrio”. Sem uma
escolha que parte do sujeito, a liberdade não seria livre, tal como
a escolha não “voluntário é aquilo que é ” “princípio de
si mesmo” (ABBAGNANO, 1981, p.233). Aristóteles admite, então, o
homem como um ser livre, pois é o “principio de seus atos”
(ARISTÓTELES, 1965, p. 73). </span>
</div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Para
Sartre, um homem está condenado a ser livre, para o pensador, a
liberdade é a capacidade do <i>Ser</i> de eleger seus fins, já que
é nada de predeterminação, não possui natureza. o escolher o
indivíduo não o faz de forma aleatória, de acordo com a sua
coerência, o homem pode eleger suas ações. Assim como aconteceu
com as duas protagonistas, elas entraram numa situação
(limitantes), mas elas poderiam escolher o que fazer após o
acontecimento. Estes limitantes são apenas conflitos que se
apresentam no processo de escolha, e de se construírem. Os
limitantes são nomeados como facticidades. As adversidades das
situações, não podem para os nossos projetos, ou seja, o
limitantes não podem extrair a nossa liberdade. O filme conta a
história de duas mulheres, Thelma interpretada pela linda Gina
Davis, e Louise, interpretada pela talentosa Susan Sarandon, que
cansadas de suas cansadas vidas decidem partir para uma viagem. Esta
“saida” de suas vidas cotidianas representada a saida de suas
“pré-existência” para a existência. </span>
</div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Ora,
não escolhemos existir, é algo que se prontifica na sua maneira
própria do mundo agir Nascemos em algum lugar, estamos
situados em algum lugar, esta disposição é inegável. Mas quando
estamos no mundo nossa liberdade também está presente, isto porque
o “homem está condenado a ser livre” ou seja, o mundo não
constrange a liberdade do sujeito, pois os lugares não tem sentido
em si mesmo, Sartre afirma que “É a luz do fim que meu lugar
adquire significação. Porque jamais posso ser simplesmente aí: meu
lugar é captado, precisamente, como um exílio, ou, ao posto, como
um lugar natural, tranquilizador”. (Sartre, 2000, p.606). </span>
</div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Usando
da linguagem heideggeriana, as duas protagonistas foram “jogadas no
mundo”, é o <i>Dasein</i><span style="font-style: normal;">, é o
ser-no-mundo (</span><i>in-der-welt-sein</i><span style="font-style: normal;">).
Enquanto mulheres na sua cotidianidade, elas estão plenas nesta
cotidianidade, elas estreitamente ligadas em sua relação com o
mundo, o que para Heidegger é algo próprio do </span><i>Ser.</i></span></div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<br /><br />
</div>
<div class="western" style="margin-left: 4.02cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">Sendo
presença, o </span></span><span style="font-size: x-small;"><i>Dasein</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">
é um “Ser-no-mundo” (</span></span><span style="font-size: x-small;"><i>in-der-welt-sein</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">),
ou seja, um “ser-lançado-no-mundo”, ligado à realidade concreta
das coisas, caracterização que Heidegger resume com o termo
facticidade, por oposição a transcedente, aquilo que está além da
experiência. O “Ser-no-mundo” implica a relação do Dasein com
outros </span></span><span style="font-size: x-small;"><i>Dasein</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">,
que coexista com eles, o que o torna um “ser-com” (</span></span><span style="font-size: x-small;"><i>mit-Sein</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">).
Existindo, o </span></span><span style="font-size: x-small;"><i>Dasein</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">
existe no tempo, dimensão essencial do “Ser-aí”. É através da
temporalidade – logo, da existência – que o </span></span><span style="font-size: x-small;"><i>Dasein</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">
adquire sua essência.</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-left: 4.02cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;"> Mas
o que é, numa expressão mais simples, o </span></span><span style="font-size: x-small;"><i>Dasein</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">?</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-left: 4.02cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;"> O
</span></span><span style="font-size: x-small;"><i>Dasein</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">
é nossa existência cotidiana, é o indivíduo, é o homem. Mas
existirá um estágio superior à existência cotidiana do Dasein,
algo acima do dia-a -dia que lhe constitui a biografia? Heidegger
responde afirmativamente: é a </span></span><span style="font-size: x-small;"><i>Existenz</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">,
é a existência idealizada do </span></span><span style="font-size: x-small;"><i>Dasein</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">,
sua realidade mais íntima, longe de tudo que lhe retira a
possibilidade de uma vida autêntica. A </span></span><span style="font-size: x-small;"><i>Existenz</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">
é a pura existência do </span></span><span style="font-size: x-small;"><i>Dasein</i></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">.
( PENHA, 2001, p.31)</span></span></span></div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<br /><br />
</div>
<div class="western" style="margin-left: 1.24cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Como Heidegger, o filme Thelma e
Louise coloca a questão da liberdade estreitamente relacionada com o
problema da existência. As protagonistas saem do anonimato (<i>Ser</i>-aí),
de suas vidas cotidianas para uma relação mais “intima” com o
mundo (<i>Existenz</i>). A liberdade perpassa pela sua própria
compreensão de si como um “<i>Ser”</i><span style="font-style: normal;">
diferente de um outro ser inanimado, como uma pedra por exemplo. É,
portanto, na existência que o homem pode se definir, é uma escolha
própria do homem, é o fato do homem existir que lhe “possibilita
ser ou não ser o que é”(</span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">PENHA,
2001, p.32</span></span><span style="font-style: normal;">). “Enquanto
a pedra é, e assim será sempre, o homem existe e a partir de então
define-se o que deverá ser.”(</span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">PENHA,
2001, p.32</span></span><span style="font-style: normal;">). Ora, é
nesta autenticidade que o Ser deixa de estar simplesmente lançado no
mundo, de estar-no-mundo, a ponto do Ser se confundir com o mundo.
Thelma e Louise passam para outro patamar, elas passam da
inautenticidade para a autenticidade, após serem jogadas na
existência elas optam por criar seus caminhos. É quando elas
compreendem que elas não são apenas coisas, objetos de seus
relacionamentos e de sua facticidade, quando sentem que podem tomar
as rédeas de sua vidas e mudarem o foco de suas metas é que elas se
tornam mais autenticas. É através de suas escolhas que Thelma e
Louise se justificam no mundo como mulheres que são, é essa escolha
que permite as mesmas de criar seus próprios valores. Dessa forma,
nos coloca também que a ideia de essência, não há nada de
pré-destinação do homem. É o próprio homem que decide o que quer
porque a liberdade é algo próprio do ser humano.</span></span></div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<br /><br />
</div>
<div class="western" style="margin-left: 4.02cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">O
homem é antes de mais nada um preso que projeto que vive
subjetivamente, em vez de ser um creme, qualquer coisa podre ou uma
couve-flor. Nada existe anteriormente a esse projeto; nada há no céu
inteligível, e o homem, diz Sartre, será antes de mais nada o que
tiver projetado de ser. Se, no homem a existência precede a
essência, ele será aquilo que fizer de sua vida, não havendo nada,
além dele mesmo, de sua vontade, que determina seu destino. </span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">(PENHA,
2001, p.45)</span></span></span></div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<br /><br />
</div>
<div class="western" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nesta
esfera, o princípio de que a existência precede a existência só
tem uma validade quando o homem está inserido nesta equação. As
duas mulheres ganham suas autonomias a partir de suas imersões na
facticidade. A liberdade que elas conquistam é uma liberdade do Ser
sobre o Dasein, é a dominação de suas conquistas pessoais mediante
a coragem de sair da queda. O projeto delas é posterior, não se
trata de uma liberdade como essência, mas sim, uma liberdade a
partir de um projeto existencial do sujeito. Como Sartre mesmo diz,
“será antes de mais nada o que tiver projetado de ser”(PENHA,
2001, p.45). Portanto, é este projeto que precede a própria
essência que Thelma e Louise conquistam.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>Referências:</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">BEAUVOIR,
Simone de. </span><span style="font-style: normal;"><b>Pour une morale
de l’ambigüité</b></span><span style="font-style: normal;">.
Paris: Gallimard, 1947.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">ABBAGNANO,
Nicola. </span><span style="font-style: normal;"><b>Introdução ao
existencialismo</b></span><span style="font-style: normal;">. Trad.
Marcos Marcionilo. São Paulo: Martins Fontes, 2005.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">SARTRE,
J. P. </span><span style="font-style: normal;"><b>O ser e o nada:
ensaio de ontologia fenomenológica</b></span><span style="font-style: normal;">.
10. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">______.
</span><span style="font-style: normal;"><b>O existencialismo é um
humanismo</b></span><span style="font-style: normal;">. 3. ed.
Tradução Rita Correia Guedes. São Paulo: Nova</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Cultural,
1987.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">BORGES,
A. T; CAPELLI, D. C; AZEVEDO, M. K; VIEIRA, J. A. </span><span style="font-style: normal;"><b>O
conceito de liberdade no existencialismo sarteano</b></span><span style="font-style: normal;">.
Akrópolis, Umuarama, v. 17, n. 1, p. 13-20, jan./mar 2009.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">SANTOS,
Ana Leonor. </span><span style="font-style: normal;"><b>Para uma Ética
do como se. Contingência e Liberdade em Aristóteles e Kant</b></span><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">.
Teses L USO S OFIA : P RESS. Covilhã, 2008.</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">BURSTOW,
B. </span></span><span style="font-style: normal;"><b>A filosofia
sartreana como fundamento</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;"><b>da
educação</b></span><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">.
Educação & sociedade, n. 70, a. 21, p.103-126, abr. 2000.</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; font-weight: normal;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">http://www.sens-public.org/spip.php?article329&lang=fr.
Acessado no dia 21 de junho de 2013.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-36866173622918512942014-01-05T16:54:00.001-03:002014-01-05T16:56:37.798-03:00Curso cinema e psicanáliseCurso EAD pelo buzzero.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O curso tem o objetivo de estabelecer um diálogo entre as principais teorias psicanalíticas e a linguagem cinematográfica. O cinema, é compreendido aqui não como uma ferramenta ilustrativa das teorias freudianas, ou simples estudos de casos, mas como objetos de estudos de suas formas de dialogar com a subjetividade, como um segundo olhar sobre as questões referentes a psiquê humana. </div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-S7brWmYttsc/Usm4WmVxzvI/AAAAAAAABbk/tEwUsLyCmC8/s1600/imagem1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="http://4.bp.blogspot.com/-S7brWmYttsc/Usm4WmVxzvI/AAAAAAAABbk/tEwUsLyCmC8/s320/imagem1.png" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<b><br /></b>
<b>Informações:</b><br />
<b><br /></b>
<b>link:<a href="https://www.buzzero.com/">https://www.buzzero.com/</a></b>Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-77994116246704705842013-11-03T11:29:00.005-03:002013-11-03T11:32:55.137-03:00O BELO E O BOM: A ESTÉTICA CORPORAL E A ARETÉ NO FILME OS 300<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-gy6nJMG9bGE/UnZdSMVxRBI/AAAAAAAABao/adIs4W0gzKE/s1600/movieposter.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-gy6nJMG9bGE/UnZdSMVxRBI/AAAAAAAABao/adIs4W0gzKE/s400/movieposter.jpg" width="277" /></a></div>
<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); }P.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "DejaVu Sans"; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }A:link { }</style>
<br />
<div align="CENTER" class="western">
<br />
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="RIGHT" class="western">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><b>Nelson
Lopes Rodrigues</b></i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span>
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"> O
presente artigo tem como finalidade fazer algumas considerações
acerca dos conceitos de belo e justo a partir das imagens do filme
300 mostrando como o corpo entre os gregos tinha a importância de
ser não apenas uma imagem </span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><span style="font-weight: normal;">zoé</span></i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">,
mas também uma imagem viva do que era “bom” não como conceito
cristão, mas como um associação do que era nobre e justo, aspectos
de um guerreiro, e portanto “bom” e sua relação com a </span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><span style="font-weight: normal;">areté.
</span></i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><span style="font-weight: normal;"> 300</span></i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-weight: normal;">
é </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">um filme
estado-unidense baseado na </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Gramphic
Movel</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> desenhada roteirizada
pelo quadrinista norte-americano Frank Miller que cria a sua versão
quadrinística sobre a Batalha das Termópilas. O evento histórico
conhecido como a </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><span style="font-weight: normal;">Batalha
das Termópilas</span></i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
aconteceu no período da Segunda Guerra Médica entre uma aliança
entre as </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>pólis</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
gregas lideradas pelo Rei Leônidas de Esparta e o Império persa de
reinado pelo imperador </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Xerxes
I</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. A batalha durou três
dias e se desenrolou no desfiladeiro das </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Termópilas</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
em agosto ou setembro de 480 a.C. Ao mesmo tempo ocorreu a Batalha de
</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Artemísio</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.
A invasão persa foi uma resposta tardia à Primeira Guerra Médica,
que havia terminado com a vitoria de Atenas na Batalha de Maratona.
</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Xerxes</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
reuniu um vasto exército e uma marinha para conquistar toda a Grécia
e, em resposta à iminente invasão, o general ateniense Temístocles
propôs que os aliados gregos bloqueassem o avanço do exército
persa no desfiladeiro das </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Termópilas</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">,
enquanto bloqueavam o avanço da marinha persa no estreito de
</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Artemísio</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.
Um exército aliado formado por aproximadamente 7000 homens marchou
ao norte para bloquear a passagem no verão de 480 a.C. O exército
persa, que, segundo estimativas modernas seria composto por 300000
homens, chegou a passagem no final de agosto ou início de setembro.
Em um número bem menor, os gregos detiveram o avanço persa durante
sete dias no total (incluindo três de batalha). Durante dois dias
repletos de batalha uma pequena força liderada pelo Rei Leônidas I
de Esparta bloquearam a única maneira que o imenso exército persa
poderia usar para entrar na Grécia. Após o segundo dia de batalha,
um residente local chamado Efialtes traiu os gregos, mostrando aos
invasores um pequeno caminho que podiam utilizar para acessar a parte
traseira das linhas gregas. Sabendo que suas linhas seriam
ultrapassadas, Leônidas descartou a maior parte do exército grego,
permanecendo para proteger a sua retirada, juntamente com 300
espartanos, 700 téspios, 400 tebanos e talvez algumas centenas de
soldados, porém a maioria dos quais morreram em batalha.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Após
o confronto, a marinha dos aliados em </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Artemísio</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
recebeu a notícia da derrota nas </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Termópilas</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.
Uma vez que sua estratégia requeria manter tanto </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Termópilas</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
como </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Artemísio</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">,
o exército aliado decidiu retirar-se para </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Salamina</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.
Os persas cruzaram Beócia e capturaram a cidade de Atenas, que
previamente havia sido evacuada. No entanto, buscando uma vitória
decisiva sobre a frota persa, o exército aliado atacou e derrotou os
invasores na Batalha de </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Salamina</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
no final do ano. Temendo ser preso na Europa, Xerxes se retirou com a
maior parte de seu exército para a Ásia, deixando o general
Mardónio no comando do exército restante para completar a conquista
da Grécia. Entretanto, no ano seguinte, os aliados conseguiram uma
vitória decisiva na Batalha de Plateias, acabando com a invasão
persa. O fato histórico têm sido utilizado como um exemplo do poder
que um exército de patriotas pode exercer sobre o inimigo para
defender seu próprio país. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Em
relação ao filme, trata-se de uma obra com vários estilos
cinematográficos evidenciando-se a linguagem própria do universo
HQ. Grande parte do filme foi realizado sob a tecnologia </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Chroma
key</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. O filme teve um
orçamento de 70 milhões de dólares, e estreou nos cinemas
americanos a 9 de Dezembro de 2006, e no Brasil a 30 de Março de
2007. O longa tenta ilustrar a imagem da liberdade dos gregos antigos
e de como era importante a união do povo helênico em face às
dificuldades de enfrentar um inimigo em comum. O longa começa com
uma narrativa em </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>off,</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">
o que dá impressão que o espectador está próximo ao narrador,
como um ouvinte atento</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>,
o </i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">espartano que narra
apresenta ao espectador a vida do jovem rei </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Leónidas
I</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">, revelando não apenas o
rigor e a disciplina a que o rei foi submetido pela sociedade
espartana durante a sua infância, mas também como o corpo sadio era
sinônimo de beleza e justo. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas
para podermos entender estes conceitos, a saber, do belo e do justo
sem antes falarmos de processo que formava (</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Bildung</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">)
o corpo pronto para a defesa da </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>pólis</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">.
Ou seja, de um tipo ideal de homem coerente e estritamente definido,
esta formação não seria possível de um processo de adestramento
do homem, “A utilidade lhe é indiferente ou, pelo menos, não
essencial. O que é fundamental nela é </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>kalón</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">
(</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>καλών</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">),
isto é, a beleza</span></span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">2</span></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">,
no sentido normativo da imagem desejada, do ideal” (JAEGER, 1989,
p.16), ou seja, o belo é bom.</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white; font-size: small;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-8s5UMLyWvyU/UnZdbREV_VI/AAAAAAAABaw/u0g2ZSB7eVk/s1600/corcunda.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="168" src="http://1.bp.blogspot.com/-8s5UMLyWvyU/UnZdbREV_VI/AAAAAAAABaw/u0g2ZSB7eVk/s400/corcunda.jpeg" width="400" /></a></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;"> No
filme temos o corcunda Efialtes, nascido em Esparta, filho de
guerreiro, e traidor dos gregos. O que entra em conssonância com o
ideal grego, o corcunda sendo feio, expatriado, é o mau. </span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white; font-size: small;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-VokqwAO57QE/UnZdsX-brjI/AAAAAAAABa4/9Tv3rg7XsNg/s1600/corpo+crian%C3%A7a.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="http://1.bp.blogspot.com/-VokqwAO57QE/UnZdsX-brjI/AAAAAAAABa4/9Tv3rg7XsNg/s400/corpo+crian%C3%A7a.jpeg" width="400" /></a></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;"> </span></span>
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Aos
sete anos, é tirado da sua mãe para iniciar o </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>agogê
(ἀγωγή)</i></span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>1</i></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
– termo que podemos entender como “adestramento” - que tem o
seu correlato na língua latina como </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>educatio</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">,
que em alemão é formação </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Bildung</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
(formação, configuração), portanto, nasce na Esparta clássica a
matriz do conceito de humanismo - que se tratava de um costume
espartano, era um período de privações a que todos os cidadãos de
Esparta eram submetidos. Passados trinta anos, o orador conta que um
mensageiro persa chega a Esparta e comunica-lhe o desejo de </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Xerxes
I</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> em dominar a região -
através de um pedido aparentemente inocente de "terra e água".
Leónidas, ofendido com tal mensagem, mata toda a comitiva persa e
decide começar uma guerra com Xerxes. Como Esparta estava a celebrar
a festa religiosa da Carneia, Leónidas não poderia entrar em
guerra, então ele pega 300 homens de sua guarda pessoal e diz que
vai dar um passeio - e marcha ao encontro dos invasores persas.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Os corpos dos atores são
apresentados como corpos perfeitos, que representam todo um modo de
ser do povo helênico. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
guerra entre A Grécia e Xerxes já exige de antemão uma força
humana pronta para o combate, o</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
Estado espartano tinha como um de seus principais objetivos fazer de
seus cidadãos modelos de soldados, bem treinados fisicamente,
corajosos e obedientes às leis e às autoridades. Ao nascer, a
criança espartana era inspecionada por membros do governo, que
verificavam seu estado de saúde. Se fosse saudável, merecia os
cuidados do Estado. Se fosse doente ou apresentasse alguma
deficiência física ou mental, podia ser imediatamente morta. De
acordo com Plutarco (50-120 d.C.), quando nascia uma criança
espartana, pendurava-se na porta da casa um ramo de oliveira (se
fosse um menino) ou uma fita de lã (se nascesse uma menina). Havia
rituais privados de purificação e reconhecimento da criança pelo
pai, além de uma festa de nascimento conhecida como genetlia, na
qual o recém-nascido recebia um nome e presentes de parentes e
amigos (Cf. Maria Beatriz B. Florenzano. Nascer, viver e morrer na
Grécia antiga). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">_______________________________</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">1
- Hodkinson, Stephen (1996). "Agoge". In Hornblower, Simon.
Oxford Classical Dictionary. Oxford: Oxford </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">University Press</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">2-
Kalón significa bom em grego clássico. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span>
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">No
filme, podemos ver claramente como era o processo educativo do
governo espartano. Todo este processo era para criar corpos perfeitos
para o combate e defesa da </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>polís</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">,
se trata antes de tudo de um ideal, a saber, da beleza e do justo</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Nietzsche,
em sua obra intitulada </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><span style="text-decoration: none;">Para
a Genealogia da Moral</span></i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="text-decoration: none;">
faz um estudo minucioso sobre a palavra bom e ruim, bem e mal, onde o
autor traça uma linha divisória do conceito entendido pelos gregos
e pelos cristãos. Ele observa que o conceito de bom estava ligado
originalmente a classe nobre helênica, e não sua relação com a
moralidade restrita, ou seja, a palavra bom não estava associada a
condutas não egoístas.</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.99cm; text-decoration: none;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">[...]O juizo “bom”
não provem daqueles aos quais se faz o “bem”! Foram os “bons”
mesmos, </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.99cm; text-decoration: none;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.99cm; text-decoration: none;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">isto é, os nobres, poderosos, superiores em oposição e
pensamento, que sentiram e </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.99cm; text-decoration: none;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.99cm; text-decoration: none;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">estabeleceram a si e as seus atos como
bons, ou seja, de primeira ordem,em oposição a </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.99cm; text-decoration: none;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.99cm; text-decoration: none;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">tudo que era baixo,
de pensamento baixo, e vulgar e plebeu.[...] (NIETZSCHE, 1998, p.19)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.99cm; text-decoration: none;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><a href="http://www.blogger.com/null" name="result_box"></a>
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Esta
relação entre nobre e bom era o que distinguia os guerreiros e os
plebeus da </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>polís</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
grega. O nobre, por natureza já era bom, pois sua bondade não
estava baseada em sua conduta não egosísta, mas sim, em sua origem
ancestral. Sua nobreza estava associada com sua ancestralidade como
disse antes, como também pela sua </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>arethé</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-style: normal;">
(</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">αρετή)
virtude. Que estava estritamente ligada a sua honra, pois o
guerreiro, é além de nobre, justo e bom, era honrado. Era um
atributo inseparável da sua hailidade e guereiro, bem como de seu
mérito. Como bem disse Jaeger em sua Paidéia:</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.03cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Sabe-se
que os homens aspiram à honra para assegurar o seu valor próprio, a
sua </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.03cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.03cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">areté. Deste modo, aspiram a ser honrados pelas pessoas sensatas
que os </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.03cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.03cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">conhecem, e por causa do seu próprio e real valor. Reconhecem
assim como mais </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.03cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.03cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">alto esse mesmo valor. (JAEGER, 1989, p.22)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.03cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">A
sociedade grega, ao mesmo tempo, máquina e sistema dentro desta
</span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><i>polís</i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">
garantia a dinâmica das posições no Estado espartano, onde as
normas imprimem o modo de se comportar e viver na cidade, mas
concomitante, sempre existe a possibilidade de uma interrupção. Não
se tratava simplesmente como uma cultura, um hábito, mas também uma
estrutura normatizada. Este fato é muito bem representado no filme
300 pelos sacerdotes, os sacerdotes, como representantes dos deuses,
criava um novo impecílho, dando-lhe nova direção, o que faz com
que o rei Leônidas deixe seus exercito e leve apenas sua guarda
pessoal. Foucault nos fala da ausência do </span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">
</span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">movimento,
oposições de poder. O que vemos é sempre o mesmo; após algum
movimento, alguma quebra da lógica, a busca de alguma regularidade.
Regular, do ponto de vista social, é fazer prevalecer o espírito do
conjunto.</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">De
modo que todo organismo social, se for de dimensões inferiores ao
Grande Ser é regulado de fora e de cima. O regulador é posterior
àquilo que ele regula [...]. Uma sociedade é ao mesmo tempo máquina
e organismo. [...] a regulação é uma necessidade à procura de seu
órgão e de suas normas de exercício. (CANGUILHEM, 2000, p.
224-225).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;"> Do
ponto de vista do corcunda do filme 300, ele não é apenas um
monstro aos olhos dos seus, mas uma quebra na regularidade das formas
da natureza. Ou seja, ele sai da normalidade instituida e reconhecida
na </span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><i>polís</i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">
grega. O pensador Georges Canguilhem afirma em seu livro </span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><i>O
normal e o patológico</i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">
que quando se define o normal como o mais frequente, cria-se um </span></span></span>a
forma de resistência<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">
à compreensão do sentido biológico dessas anomalias às quais os
ciêntistas deram o nome de mutações. Com efeito, na medida em que,
no mundo animal ou vegetal, uma mutação pode constituir a origem de
uma nova espécie, vemos uma norma nascer de um </span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">
</span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">desvio
em relação a uma outra. A norma é a forma de desvio que a seleção
natural conserva </span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">
</span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">(CANGUILHEM,
2000, p. 237). Dessa forma, ele não poderia ser aceito na sociedade
porque ele era a expressão máxima da desordem na </span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><i>polís</i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">.
</span></span></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;"> O
filme 300, ilustra excepcionalmente este mundo antigo, clássico, que
mostra como um soldado grego tinha como doutrina um tipo de
aprimoramento, podemos dizer até, um tipo de humanismo (</span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><i>humanitas)</i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">.
Um humanismo espartano se configurava como um tipo de criação de um
homem pronto para atribuir funções dentro da cidade. E para esta
função, seu corpo mantinha uma relação estreita com sua </span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><i>areté.</i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">
Esta relação entre corpo-virtude estabelecia uma moral própria do
homem antigo, a partir do filme, podemos ver como essa moralidade se
diferência dos conceitos de belo-bom na era cristã como uma
atribuição de quem pratica atitudes altruistas, para o grego, o
bom-belo consiste em uma atribuição e característica própria do
guerreiro honrado, forte, obediente e virtuoso. Mais do que uma
adaptação dos quadrinhos, 300 é um filme que desvela este sujeito
bom e belo entendido pelo homem antigo. O corcunda, como um ser
disforme é um monstro, fora da normalidade, e portanto representante
do que é feio-mau.</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><b>Referências</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">CANGUILHEM, Georges. O
Normal e o Patológico. Tradução de BARROCAS, Maria</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Thereza de Carvalho;
LEITE, Luiz Octavio Ferreira Barreto. – 5a ed.- Rio de Janeiro:</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Forense Universitária,
2000.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="el-GR"><span style="font-style: normal;">FOUCAULT,
M. Os Anormais. Curso no Collège de France (1974-1975). São Paulo:
Martins Fontes,</span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">2002.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">JAEGER, Werner. Paidéia:
A formação do homem grego. São Paulo. 2ª Edição. Martins
Fontes, 1998</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="el-GR" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">NIETZSCHE, F. Para a
Genealogia da Moral. São Paulo: Companhia das letras, 1998.</span></span></div>
Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-35638857955139214472013-08-18T20:05:00.002-03:002013-08-18T20:06:47.931-03:00Cursos NARRAVIS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-M6PpXUl8p40/UhFS_2OZw7I/AAAAAAAABYw/npGF27E33f4/s1600/Divulga%C3%A7%C3%A3o+2013.2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="345" src="http://2.bp.blogspot.com/-M6PpXUl8p40/UhFS_2OZw7I/AAAAAAAABYw/npGF27E33f4/s400/Divulga%C3%A7%C3%A3o+2013.2.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-9340942893473263192013-06-22T03:06:00.003-03:002013-06-22T03:10:32.994-03:00V de vingança: liberdade e indústria midiática<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ZVNsuPHVtJ8/UcU-uPeFeqI/AAAAAAAABYM/8DHGGCX8xxA/s1600/V+de+vingan%C3%A7a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-ZVNsuPHVtJ8/UcU-uPeFeqI/AAAAAAAABYM/8DHGGCX8xxA/s320/V+de+vingan%C3%A7a.jpg" width="217" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 10.5cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Você
usa tanto uma mascara que, acaba esquecendo de quem você é (V de
Vingança)</i></span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><b> V
de Vingança</b></i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> (</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><b>V
for Vendetta</b></i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">) é um
filme de 2006, do diretor James McTeigue e produzido por Joel Silver
e os Wachowski, que também contribuíram com o roteiro. Este filme é
uma tradução intersemiótica dos quadrinhos de mesmo nome dos
escritores Alan Moore e David Lloyd publicada entre 1988 e 1989 pelo
selo DC comics. O drama é situado em uma Londres futurista e com um
governo totalitário. Natalie Portman estrela como Evey, uma garota
da classe trabalhadora que deve determinar se o seu herói se tornou
a grande ameaça a que está lutando contra. Hugo Weaving interpreta
V, um misterioso defensor da liberdade disposto a se vingar daqueles
que o desfiguraram e criaram o governo corrupto e ditatorial. Stephen
Rea vive um detetive que inicia uma busca desesperada para capturar V
antes que ele inicie uma revolução em Londres. O filme foi
originalmente programado para ser lançado pela Warner Bros em 4 de
novembro de 2005 (um dia antes do 400º aniversário da Noite de Guy
Fawkes), mas foi adiado, e estreou em 17 de março de 2006. As
críticas foram positivas e os ganhos de bilheteria mundial
alcançaram mais de US$ 132 milhões, mas o escritor e criador Alan
Moore ficou desapontado a obra cinematográfica. Os cineastas
removeram muitos dos temas anarquistas e as referências a drogas que
estavam na história original e também alteraram a mensagem política
para o que eles acreditavam que seria mais relevante para um público
de 2006. O filme foi visto por muitos grupos políticos como uma
alegoria da opressão do governo. Libertários usaram isso como uma
afirmação conservadora contra a intervenção governamental na vida
dos cidadãos. Posteriormente a mascara virou um símbolo dos
anarquistas para divulgar a teoria política do anarquismo.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> O
filme mostra como a indústria cultural (representado pela mídia), o
terrorismo e as teorias política agem e se relacionam como
instrumentos de manipulação e inibição das reflexões da
sociedade. O filme tem como grande ícone da liberdade e vingança a
mascara de V, que não por coincidência representa o número cinco
em algarismo romano (V), e também o dia da comemoração do evento
de cinco de novembro, “Não existe coincidência, apenas a ilusão
de uma coincidência."(</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>V
de Vingança).</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: 4.02cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>A
história é jogada alguns anos no futuro, em 2020. O cenário,
porém, segue o mesmo, a Inglaterra. Um ditador fascista, Adam Sutler
(</i></span></span><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>John
Hurt</i></span></span></strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>,
hitleresco), rege o país utilizando táticas de repressão e
instruções televisionadas. Ele comanda a mídia e suas forças de
segurança, lideradas por um sujeito chamado Creedy (</i></span></span><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>Tim
Pigott-Smith</i></span></span></strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>),
têm como rotina sequestros, torturas e assassinatos daqueles que se
opõem ao regime. A censura impera e se estende por todas as formas
de manifestação cultural - das artes à religião.</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: 4.02cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Mas
chega o dia </span></span><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">5
de novembro </span></span></strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">e,
com ele, o aniversário da conspiração de 1605 na qual Guy Fawkes
tentou explodir o parlamento inglês e destituir o rei James I do
trono. A data, um feriado burlesco, espécie de Malhação do Judas
aos bretões, é comemorada de forma explosiva pelo terrorista V, ao
som de bombas e da Abertura 1812 de Tchaikovsky, quando ele inicia
seus ataques ao governo de Sutler, retomando a ideia original de
Fawkes. (BORGO, 2006)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.02cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas esta obra não é somente uma obra
de ficção sobre a indústria, ela se amplia e se confunde com a
própria alegoria sobre as políticas e contra governos totalitários.
O filme é uma reflexão sobre o estes temas e sobre o tema da
vingança, diante dos atentados terroristas. Como afirma a professora
Guimarães:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.02cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: 4.04cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Meu
pressuposto é que, hoje, não mais se sustentaria a suposição de
que a indústria dos quadrinhos seria um veículo comunicativo
alienante, como muitos críticos afirmaram num passado recente; o que
valida a investigação de seu intenso diálogo com a cinematografia
das três últimas décadas. Como qualquer processo comunicacional,
as narrativas gráficas vem sofrendo transformações, tendo passado
a abordar também temas mais maduros e complexos, capazes de
expressar aflições individuais e coletivas. É o que ocorre desde o
surgimento da graphic novel1, termo usado originalmente por Richard
Kile, em torno de 1960, porém definido e popularizado por Will
Eisner, depois de ter sido colocado na capa de sua obra A Contract
with God (1978) para distingui-la do formato tradicional dos comics.
Trata-se de um trabalho mais ambicioso, destinado “para os leitores
que desejavam temas mais refinados, narrativas mais sutis e
complexas” (EISNER, 1999, p.138), como assinala o autor. Destarte,
considerando que tanto a arte sequencial quanto o cinema vem operando
uma releitura das ideologias e uma ressignificação dos mitos
ligados à sobrevivência da ordem social, tomo como objeto empírico
deste estudo o filme V de Vingança, de 2006,2 dirigido por James
Mcteigue. Trata-se da adaptação para o cinema da graphic novel
homônima, de Alan Moore e David Lloyd (1990).3 A equipe responsável
(GUIMARÃES, 2007, p.71)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: 4.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm; text-indent: 1.29cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A industria cultural pode ser
entendida como um conjunto de de meios de comunicação como o
cinema, o rádio, as revistas, os jornais, os fazines, a televisão e
as novas tecnologias como a internet que são um sistemas de geração
de mais valia, portanto, são mecanismos de dominação por meio do
acumulo de riqueza gerados pela trasmissão de informações. Essa
geração de riqueza são possíveis porque são muito acessíveis às
massas, e exercem um tipo de manipulação psicossocial na sociedade.
Dentre estes mecanismo temos a televisão como um instrumento de
manipulação já reconhecido, é barato, eficaz, e generalizante, ou
seja, suas informações podem gerar uma comunidade que estabelecem
comportamentos definidos. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.04cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Reconhecer esta posição que seja
crítica e analítica desse processo de massificação dado pela
cultura contemporânea é mais do que um direcionamento teorético,
mas é antes de tudo, uma referência que auxilia na compreensão dos
problemas atuais. Entre os grandes pensadores da cultura de massa
podemos destacar Walter Banjamin, e a escola de Frankfurt.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.04cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Quando pensamos sobre a massificação
temos Walter Banjamin como o pensador que demarca a análise
filosófica sobre o poder midiático das culturas ocidentais. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.04cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Suas reflexões estão ancoradas sob a
ideia de aura nas obra de arte. Este conceito está ligado a sua
concepção de reprodução na obra de arte. Na história, o homem
sempre copiou as coisas que eram feitas por outras pessoas. Estas
cópias eram feitas por discípulos de artistas como as obras de
artes dos grandes pintores da renascença, e em um segundo momento
cria-se técnicas de reprodução como a prensa de Gutemberg, no
século XIX a técnica de reprodução deixa de ser manual com o
advento da fotografia. A fotografia pôde libertar os artistas de
tentar reproduzir a realidade, possibilitando assim um mudança de
paradigmas na sociedade moderna. Com o advento do cinema no final do
século XIX a técnica de reprodutividade sofre mais mudanças. A
aura, é o aspecto místico de uma obra de arte, pois ela era algo
único. Portanto, n</span><em><span style="font-family: Arial, sans-serif;">a medida
em que multiplica a capacidade de reproduzir uma obra de arte ela
pode substituir a sua existência única pela sua existência em
massa. </span></em>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4.02cm;">
<em><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">O
conceito de aura permite resumir essas características: o que se
atrofia na era da reprodutibilidade técnica da obra de arte é a sua
aura. Esse processo é sintomático, e sua significação vai muito
além da esfera da arte. Generalizando, podemos dizer que a técnica
de reprodução destaca do domínio da tradição o objeto
reproduzido. Na medida em que ela multiplica a reprodução,
substitui a existência única da obra de arte por uma existência
serial. E na medida em que essa técnica permite à reprodução vir
ao encontro do espectador, em todas as situações, ela atualiza o
objeto reproduzido. (BENJAMIN, 1993, p. 168-169)</span></span></span></em></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4.02cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.04cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Percebam, que o conceito de aura,
apesar de analisar problemas referentes a obras de arte, não se
trata necessariamente a estética, mas antes de tudo um problema
referente a política. O produto final deste grande percurso
histórico desde a tradição da aura até o seu fim é o surgimento
do cinema. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.04cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> O filme V de Vingança ilustra com
muita imaginação e direta como funciona a televisão na manipulação
das massas, e como essa manipulação se estrutura em um governo
totalitário, essa “arma” serve como um tipo de mudança de
percepção da realidade. De forma que, o telespectador observa como
os personagens do filme são manipulados pelo governo, o poder deste
governo encontra-se nas mãos do seu antagonista Chanceler Adam
Sutler, que foi eleito após um período de guerras e conspirações,
além de uma chacina que utilizou um virus para matar milhares de
pessoas.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4.07cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Ganham
importância os “formadores de opinião horizontais” que por
terem traços de personalidade de liderança e um nível de
informação acima da média para o meio em que vivem, têm
oportunidade de dizer o que pensam e, mais do que isso, são
procuradas para orientar pessoas de suas relações. (Olsen, 1997,
Figueiredo, 2000, p. 31)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4.07cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4.07cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 0.02cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Portanto,
é evidente que o cinema, a televisão, as rádios e a internet são
construídas e constituídas por uma opinião pública que se insere
nas relações de poder na sociedade contemporânea. Esse poder, como
bem analisou Foucault expressa não somente o que é visto, ou
percebido ou não pelo sujeito, mas também aquilo que é objeto de
desejo, como afirma o filósofo:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 0.02cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 0.02cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">[...]
por mais que o discurso seja aparentemente bem pouca coisa, as
interdições que o atingem revelam logo, rapidamente, sua ligação
com o desejo e com o poder. Nisto não há nada de espantoso, visto
que o discurso – como a psicanálise nos mostrou não é
simplesmente aquilo que manifesta (ou oculta) o desejo; é, também,
aquilo que é objeto de desejo; e visto que – isto a história não
cessa de nos ensinar – o discurso não é simplesmente aquilo que
traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por que,
pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar. (1996, p.
10)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 0.05cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 0.05cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Este
discurso possui uma oposição, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>V</b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">,
ele é o protagonista da HQ, e também da obra cinematografica. A
obra enfatiza o duelo do personagem com os seus antagonistas, como o
personagem da obra </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>O conde
de monte Cristo.</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Porém,
suas metas de vingança nãose baseia apenas em uma vontade
individual, como bem notou Guimarães, “enquanto Dantès lutava por
questões pessoais”, V manifesta sua vontade em nome das pessoas.
</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>V</b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">,
segundo a professora Guimarães é muito mais complexo, é culto, é
reflexivo e utiliza-se de meios pouco ético, para Guimarães:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4.07cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4.07cm;">
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Contrapondo-se
aos heróis estereotipados dos filmes hollywoodianos de aventuras e
das HQs tradicionais, V é um personagem bastante complexo.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4.07cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Extremamente
culto e com gostos refinados, não está preocupado com o
politicamente correto, não tem piedade nem remorsos e não hesita em
utilizar quaisquer métodos que considere adequados para atingir seus
objetivos, com extrema frieza e lucidez. O texto-fonte é uma
alegoria política que critica as mazelas da política imperialista
da Inglaterra de Margareth Tatcher, a “dama de ferro”, e, de
quebra, a restrição dos direitos individuais nos EUA. Moore
utiliza-se de uma agressiva visão neoliberal, muito próxima ao
anarquismo, para levantar uma série de críticas a Estados
totalitários, que espalham o medo generalizado e utilizam-se da
mídia para manipular a população. (GUIMARÃES, 2009, 71)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4.07cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 4.07cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 0.05cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Sua
mascara é o ponto forte para a minha análise imagética, na frase
</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>“Você usa tanto uma
mascara que, acaba esquecendo de quem você é”</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
sugere que o protagonista luta não somente uma guerra contra o
governo totalitário da Inglaterra, mas também uma luta interna, o
personagem havia sido preso e torturado e posto às experiências,
quando a prisão explode, o espectador vê o protagonista saindo das
chamas, em um acidente na prisão que não fica muito claro as
causas, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>V</b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
parte para uma grande batalha contra si, seus instintos e seus
desejos. Esta luta interna pode ser ilustrada pela luta com a
armadura que enfatiza não somente sua solidão, mas todo seu
conjunto de reflexões sobre a vida, a vingança, sobre o amor. Sua
mascara simboliza a luta de um governo que mente para a população
sobre o massacre, portanto, ela também vai simbolizar esta mentira</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.
Dessa forma, podemos entender que a sua mascara não é apenas para
não ser reconhecido, mas para representar toda farsa que constitui
sua origem e a forma de governo vigente. Essa mascara, que já foi
utilizada em passeatas e manifestos na vida real tem um simbolismo
muito forte, representa uma vontade de justiça mascarada pela ideia
de vingança, o autor da HQ Moore tem uma concepção anarquista da
existência, seu personagem propõe uma sociedade sem representantes,
portanto, uma sociedade auto governável, de ausência de
governantes, portanto, pode ser a HQ como uma carta aberta ao povo
sobre a possibilidade de retirar o poder da elite e devolver ao povo
a direção de suas vidas.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 0.05cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en-US" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.04cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nelson Lopes Rodrigues</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en-US" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.04cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: -0.04cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: -0.04cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Referências:</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">GUIMARÃES,
Denise Azevedo Duarte. Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 1, n. 21, p.
70-87, julho/dezembro 2009.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">BENJAMIN,
Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica em
Obras escolhidas- volume</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">01,
tradução de Sérgio Paulo Rouanet, prefácio de Jeanne Marie
Gagnebin, 6a edição, Editora Brasiliense, São</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Paulo,
1993, pp. 168/169.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">OLSEN,
Örjan. (2000). Liderança de opinião vertical, horizontal, ou, quem
sabe, ambas? Revista SBPM (Sociedade Brasileira de Pesquisa de
Mercado, ano I, n. 4. 1997.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">FIGUEIREDO,
R. (2000). O marketing político: entre a ciência e a falta de
razão.São Paulo, Fundação Konrad Adenauer.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">FOUCAULT,
M. (1996). A ordem do discurso. São Paulo, Loiola.</span></span></div>
Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-79094958463068182132013-06-18T08:35:00.004-03:002013-06-18T08:36:34.256-03:00Movimento e democracia plena!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-OGH-VGLI9AA/UcBFiuLEBUI/AAAAAAAABXc/5IiibPllctY/s1600/v.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://3.bp.blogspot.com/-OGH-VGLI9AA/UcBFiuLEBUI/AAAAAAAABXc/5IiibPllctY/s640/v.jpg" width="576" /></a></div>
<br />
O filocinética apoia o movimento democrático e legítimo dos jovens!!!<br />
<br />
E é contra qualquer tipo de proibição de ir e vir ou violência nas manifestações!!!Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-63814421281769701802013-06-09T22:53:00.000-03:002013-06-09T22:57:29.910-03:00A violência e a filosofia em 8mm<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-cKrEDJBopms/UbUwUp2aH-I/AAAAAAAABXI/u4tH758CpCU/s1600/8-mm_30874.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-cKrEDJBopms/UbUwUp2aH-I/AAAAAAAABXI/u4tH758CpCU/s320/8-mm_30874.jpg" width="228" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.21cm; }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>8 Milímetros</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
é um filme de suspense dos Estados Unidos de 1999, dirigido por Joel
Schumacher. O ator que faz o papel de protagonista é Nicolas Cage
(Tom Welles) ele interpreta um detective que é contratado por uma
viúva rica cujo marido morreu há pouco tempo. Ela quer saber se um
filme que se encontra no cofre do morto se trata de um massacre, no
qual uma jovem é assassinada e tudo parece ser verdadeiro. A
investigação leva Tom até a mãe da jovem e a partir daí ele vai
para Hollywood, onde acaba entrando no submundo da pornografia
violenta e ilegal que, cada vez mais, vai levando ele ao delírio. Na
cidade das estrelas Tom conhece Max Califórnia (Joaquin Phoenix).
Max leva Tom ao mundo dos filmes pornograficos </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><b>snuff*</b></i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">,
um tipo de filme que usa violência real onde os protagonistas sofrem
torturas verdadeiras. A dedicação de Tom para resolver o caso
afasta-o da família e, quando ele tem o caso quase resolvido, acaba
por se envolver numa situação perigosa, que pode custar-lhe a vida.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Percebo
neste filme uma reflexão sobre os métodos de poder a partir do
prazer em ver a dor, de um tipo de contra-prazer, onde o ator está
numa situação de relacional de poder.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> O
cinema sempre teve uma fascinação pelos </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>pathos</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">,
notamos que não se trata apenas de pura exibição da violência
gratuita, ou falta de criatividade de diretores e roteiristas. Há
algo a mais para que o homem contemporâneo goste de ver o outro
sentindo dor, neste sentido, o voierismo tem uma parcela tem sua cota
neste contexto. Lembremos de filmes como “sin city”, “pulp
fiction”, “Uma história americana”, “Amores brutos”, “21
gramas”, “Babel” entre outros que não consigo lembrar agora,
mas que falam de dor, tragédia e infortúnios além de violência.
Há um certo prazer que sentimos em ver o outro em seus piores
momentos. Quando assistimos um filme assim, parece que estamos
exteriorizando nossos próprios desejos aflorarem. A violência no
cinema não daria tantos lucros se esse gênero não seduzi-se a
gente de alguma forma. Algumas pessoas poderiam dizer que é o mal do
cinema hoje, o capitalismo, a banalização da vida. Mas pensemos,
quando foi que a civilização não saboreou de alguma forma a
violência?</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">____________________________________</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>Filmes
</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i><b>snuff</b></i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">
são filmes que mostram mortes ou assassinatos reais de uma ou mais
pessoas, sem a ajuda de efeitos especiais, para o propósito de
distribuição e entretenimento ou exploração financeira. Embora
existam muitos filmes que de fato mostram mortes reais, a existência
de uma indústria financeira em torno deste tipo de filme geralmente
é vista como uma lenda urbana. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filme_snuff</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Se
procurarmos na história do homem desde sua pré-história só o que
veremos será uma história da violência. Se formos para a Grécia
podemos ver pelas grandes tragédias do teatro helênico. Na Roma
antiga temos os grandes espetáculos de lutas e todo o tipo de
carnificina no coliseu. Na idade média temos a inquisição que
semeava ódio, dor e sofrimento em nome de Deus, quem me garante que
os carrascos não sentiam prazer em aplicar dor ao outro como modo de
expurgar seus próprios pecados?</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ora,
essas foram épocas de terror, mas que hoje além do terror estamos
na época do conhecimento, não temos motivo para essa violência.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os
Filósofos alemães da escola de Frankfurt discordaria desse
pensamento, na obra de Adorno e Horkheimer chamada </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><b>A
dialética do esclarecimento</b></i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">
os filósofos falam de um movimento, uma dialética entre a ordem na
civilização e sua forma mais bárbara. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.99cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">A
história da emancipação do mito e do devir adulto não é somente
um devir progressivo e luminoso, como pretendiam, justamente, as
luzes do Iluminismo, mas também deve ser denunciada, seguindo
Nietzsche e Freud, como sendo uma gênese violenta e violentadora,
cujo preço é alto. Anti-semitismo e nazismo serão compreendidos
como o retorno dessa violência recalcada.” (Homero e a dialética
do esclarecimento Jeanne-Marie Gagnebin*)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.99cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas eu acredito que épocas onde a
cultura e o conhecimento também floresceram também nestas épocas
houve o saborear do terror. Lembremos que a época do renascimento
fora uma época dos grandes pensadores e artistas. Mas também de
grandes agitações e guerras. Grandes cineastas fizeram filmes
discutindo a violência, e nem por isso quer dizer que estão fazendo
apologia a ela. Temos um cinema hoje que realmente explora a
violência e as tragédias humanas. Mas sempre foi assim. O homem
sempre foi atraído pela violência. A história e as conquistas
humanas foram a história da violência. Junto dessa produção temos
grandes pensadores que discutiram a questão da violência. Não cito
muitos porque me foge a alçada. Mas lembro de Habermas, Adorno e
Hokheimer e Nietzsche que foram grandes críticos da cultura.
Nietzsche principalmente foi um grande investigador da violência
exercida sobre o outro.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">o esfacelamento, o dilaceramento ou
pisoteamento por cavalos (esquartejamento), a fervura do criminoso em
óleo e vinho (ainda no século XIV e XV), o popular esfolamento
(corte de tiras), a excitação da carne do peito, e também a
prática de cobrir o malfeitor de mel e deixá-lo às moscas sob o
sol ardente. Com a ajuda de tais imagens e procedimento, termina-se
por reter na memória cinco ou seis “não quero”, com relação
as quais se faz uma promessa, a fim de viver os benéficos da
sociedade. (GM II, 3. pg.51)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.11cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">O
fazer sofrer para Nietzsche também coloca aquele que faz sofrer numa
posição de superioridade sobre o criminoso. Segundo ele, seria uma
forma de descarregar toda a energia da antiga selvageria do homem que
tinha se interiorizado. Ou seja, ao interiorizar as normas da
sociedade no homem, a sua selvageria ainda estaria contida dentro do
homem. Esses atos de violência contra o outro seria uma forma de
manter a sociedade sob controle, como uma terapia de saúde psíquica,
mantendo este sob controle de seus impulsos selvagens. Nietzsche
chamava este recurso de um contra-prazer, fazia desse sofrer uma
festa a ser comemorada, quanto mais desprazer causava no outro mais o
credor se achava numa posição melhor. Nas lojas de filmes podemos
ver vários clientes sombrios, pedófilos e todo tipo de pessoas com
desvio de personalidade, os filmes que são vendidos estão em um
categoria inversa dos filmes hollywoodanos, não têm valorização
fora das telinhas pessoais dos tarados. E portanto, não são aceitos
pela maioria da sociedade de consumo. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nietzsche
fala que a criação da civilização foi uma história de dor,
tragédia e sofrimento e que elas ao mesmo tempo desempenharam um
papel importante na história da sociedade. Mas que essa energia da
violência é uma energia que é sempre descarregada quando não
agüenta mais ficar presa. Temos dois exemplos espetaculares sobre
isso, a saber, o filme americano a outra história americana
(American History X) e o recente premiado tropa de elite. Nos dois
filmes há uma discussão sobre a violência e suas causas. No filme
americano há uma questão da tolerância entre as pessoas, a
necessidade de culpar alguém pela violência, a personagem de Edward
Norton (Derek Vinyard) passa a culpar os negros e semitas pela morte
do seu pai. No filme Tropa de elite há uma aboradagem diferente, é
sobre a desigualdade social e a corrupção nas várias instituições
brasileiras, a violência na polícia e o tráfico de drogas, mas
também há uma necessidade de culpa e prazer, lembremos do soldado
Neto (Caio Junqueira), há um amálgama de prazer e contra-prazer por
parte dos personagens nos dois filmes. Acho que o cinema explora esta
natureza humana porque há um certo prazer em ver alguém sentindo
dor, assim como nos emocionamos quando vemos uma luta qualquer. Assim
é a natureza do animal homem, e assim será o cinema, sempre
explorando o que é próprio do homem.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> No
filme de Joel Schumacher temos uma violência instituída no âmago
do sujeito contemporâneo, Tom em sua busca pela verdade acaba
comprometendo sua própria integridade moral. Tom não somente
investiga e pune os criminosos, mas sua subjetividade foi afetada
pela experiência que teve neste submundo. O diretor fez um filme
obscuro, que penetra no lado mais negro, mais sombrio, e mais podre
da sociedade. O enredo é inteligente, impressionante e possui
reviravoltas inesperadas. As reviravoltas tem quase um efeito
dialético na obra fílmica de Joe Schumacher. É um sujeito que
aparenta boa índole, (nenhuma cena mostra o contrário), com o
tempo,o protagonista muda o seu caráter mediante as investigação e
descobertas da trama dos assassinos. Não temos uma visão meramente
maniqueista, não é realmente um luta entre o bem e mal, mas um
movimento dialético entre o prazer e a dor, e como é estruturado
este mecanismo de poder entre os indivíduos. Por trás da aparência
pacata Tom esconde um homem perturbado com a sociedade violenta na
qual ele próprio está inserido, não temos um herói, mas um
anti-herói, ou seja, não há um só explicação sobre a estrutura
da violência exposta na obra de Schumacher. É Tom que ousa realizar
a atividade que no estado é simbolizada pela força policial, e pela
justiça do Estado de direito. Tom é aquele que prende, julga e
executa a penalidade máxima que um indivíduo pode infligir sobre o
outro.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: 3.95cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">A penalidade, ou o poder
de punir, simplesmente não reprime as ilegalidades. Se a
distribuição e aplicação da justiça privilegiam os interesses de
uma classe, não é porque o ato de punir pertença à classe</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-left: 3.95cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">dominante como o lugar
localizado de um aparelho jurídico-policial; trata-se mais de
dispositivos que gestionam os mecanismos de dominação. As
ilegalidades são mantidas e reproduzidas pelo sistema penal; a lei
e a justiça estabelecem a dessimetria de classes, produzindo a
delinqüência como uma forma nociva de ilegalidade, e o delinqüente,
como sujeito patologizado. A discussão sobre o fracasso da prisão –
por outro lado, sua manutenção resistindo tanto tempo na
imobilidade - encontra sua explicação na hipótese que afirma que a
instituição-prisão produziu a delinqüência, como forma
economicamente menos perigosa de ilegalidade. ( WELLAUSEN, p.12,
2007)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Se
por um lado, temos a face da perversidade e da maldade na forma dos
assassinos da jovem Mary Anne, por outro lado, temos a face
melancólica de Tom, da trágica vida da mãe de Mary Anne, e da
ilusão da velhinha rica. Há um diálogo entre estes personagens que
se completam numa discussão de como a violência se configura em um
estado de direito, afinal de contas, o Tom deve fazer sua própria
justiça.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Outra
questão relevante que está bem ilustrada na obra fílmica de
Schumacher é a relação vitima-ator com o seu torturador-ator, não
é uma relação de repulsão, mas uma relação mútua de odio e
prazer, quando Tom assiste o filme não há uma personagem gritando
ou tentando escapar, o que seria compreensível, já que ela sabia do
seu destino. A vítima parece estar em um estado completo de
submissão voluntária? Esta relação de poder entre os dois
personagens parece de certa maneira reportar a filosofia de Foucault.
</span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Michel
Foucault inverteu a noção de continuidade histórica, corrente nos
anos 1960-1970, colocando no circuito do pensamento o conceito de
descontinuidade da história, que lhe valeu a atribuição de um
relativismo histórico. Trata-se da presença de um pensamento que
precisa articular se contra o discurso marxista.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Para
o filósofo, o poder é compreendido como uma questão dos aparelhos
e instituições; são “relações”, “saberes” e
“subjetividades” que constitui a subjetividade. O poder, é
portanto uma aglomerado que aparece em alguns lugares, e momentos
históricos, apresentando caráter múltiplo e dispersivo. As
estratégicas do pode são investidas sobre os corpos e vontades, e
que a partir da observação dessas configurações podemos inferir
os elementos teóricos sobre a questão do saber na sociedade. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Em
8mm temos muito bem simbolizado a relação entre os assassinos que
produziam os filmes <i>snuff</i> e as pessoas que protagonizaram a
película. Temos então, uma configuração da relação de poder
entre os sujeitos do filme. É claro que esta relação não é sobre
a conivência, ou responsabilidade de um sobre o outro, mas como
estes intricados relacionamentos podem se mostrar na sociedade. Como
tentei mostrar no presente ensaio, o filme 8mm faz uma reflexão
sobre os métodos de poder e suas relações a partir da perspectiva
do contra-prazer, onde a vítima-ator está numa relação de poder. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>Referências:</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">ADORNO,
Theodor W. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>Dialética do
Esclarecimento</b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">, Trad. de
Guido Antonio de Almeida, </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Rio de Janeiro, Zahar, 1985.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">GAGNEBIN
Jeanne-Marie. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>Homero e a
dialética do esclarecimento.</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">NIETZSCHE,
Wilhelm Friedrich. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>Genealogia
da moral: uma polêmica</b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.
Tradução e notas de </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia
das letras, 1998.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">FOUCAULT,
Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Ed. Vozes. Petrópolis.
2004.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">DELEUZE,
G. Foucault. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="en-US">1986.
Paris, Minuit.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="en-US">WELLAUSEN,
Saly da Silva. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os
dispositivos de poder e o corpo em Vigiar e</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Punir.
Organização: Margareth Rago & Adilton Luís Martins. N. 3 –
dezembro 2006/março </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">2007.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Filme_snuff</span></span></div>
Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-17870970590043014072013-05-26T12:42:00.001-03:002013-05-26T12:44:43.219-03:00O amor e as lembranças<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.21cm; }</style>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-qHjED9CHxUo/UaIrt_t8vaI/AAAAAAAABWo/eXmP-D43Jc8/s1600/eternal-sunshine-of-the-spotless-mind.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://3.bp.blogspot.com/-qHjED9CHxUo/UaIrt_t8vaI/AAAAAAAABWo/eXmP-D43Jc8/s320/eternal-sunshine-of-the-spotless-mind.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Brilho eterno de uma mente sem lembranças (</span><span style="font-size: large; font-weight: normal;">Eternal
Sunshine of the Spotless Mind) </span><span style="font-size: large;">é um dos poucos filmes que te
conquista pela sua simplicidade, mas também comove o espectador pela sua história</span><span style="font-size: large; font-weight: normal;">.</span><span style="font-size: large;">
Filme estadunidense de 2004, foi dirigido por Michel Gondry e roteiro
escrito por Charlie Kaufman.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-size: large;">O filme
narra a história de Joel (Jim Carrey), em um dia o protagonista
acorda e sai para encontrar uma praia sem saber o motivo. Lá
encontra Clementine (sua namorada), entretanto, temppos depois ele vê
sua namorada com outra pessoa e fica sabendo que esteve em uma
empresa especializada em apagar a memória das pessoas que sofreram
traumas. Clementine (Katy Winslet) teria apagado todas as lembranças
que teve com joel. Ele fica sabendo, e por ressentimento, ele decide
também apagar. No processo, Joel tem muitas lembranças sobre o
relacionamento, arrepende-se e por isso tenta fugir do processo, em
uma corrida constante entre suas lembranças.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-size: large;">O
interessante neste filme é sua dinâmica interna, com uma estrutura
que foge dos padrões norte americanos. Com bela fotografia, e
longas cenas, parece nos remeter ao cinema de Kielòvisky. O
protagonista nos leva para momentos de introspecção do personagem
de Carrey. O personagem sempre está se referindo a relacionamentos
emocionais. Em um primeiro momento Joel está na praia e conhecendo
Clementine, em outro ele já está se perguntando porque ela não
reconhece ele no supermercado.
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-size: large;">Percebo no
filme que a relação amor-tempo está estritamente relacionada com o
problema corpo-memória-esquecimento. O filme mostra como se trava
uma luta, como um homem apaixonado (Joel) faz para não esquecer um
grande amor, mesmo após uma menemotécnica ao contrário.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-size: large;">Temos aí,
a ilustração de um jogo de forças, a força do tempo que tenta de
toda forma reagir ao poder mental daquele que quer lembrar.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-size: large;">Corpo-memória-pensamento,
estes três elementos estão muito bem integrados na obra. Penso que,
na história do pensamento o corpo sempre recebeu uma percepção
estranhamente equivocada pelo cristinismo. Porque quando falamos de
corpo, falamos de sexualidade, amor, emoção, sentimentos, ira,
raiva, e paixão. </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Na
verdade, a noção de corpo somente tomou sentido como nós
conhecemos a partir do século V a.C. No período homérico o corpo
(</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i><b>soma</b></i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">)
era entendido como algo sem vida. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">O corpo, como nós
chamamos era para o grego arcaico algo volátil, múltiplo e
disforme.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">No corpo, no
cadáver, desaparecem as múltiplas funções diferenciadas dos
vários órgãos e, no entanto, eles se identificam, por assim dizer,
no não ser mais o que eram, enrijecendo-se e confundindo-se na
imobilidade da morte: as pernas e os braços não se agitam mais, os
pulmões não respiram mais, o coração não bate mais, os olhos não
vêem mais, os ouvidos não ouvem mais. Portanto todos os membros,
todos os órgãos e todas as funções físicas do homem tornam-se
iguais no seu não-ser mais no que antes eram, e portanto podem ser
representados unitariamente com o termo </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i><b>soma</b></i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">,
corpo exânime, defunto. (REALE, 2002, p.21)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Foi com o pensamento
socrático que a filosofia toma outro rumo, bem diferente dos
filósofos da natureza, conhecidos como pré-socráticos. A partir de
Sócrates o corpo passa a ter o sentido de uma unidade, algo
estático, depositário da alma (entendendo essa alma não no sentido
cristão), mas como razão.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Para o filósofo
Platão a supressão do corpo no ato reflexivo é sine qua non para
alcançar as ideias puras, a “razão universal”. Para Platão, o
sábio tem que se abster dos prazeres dos sentidos para alcançar
este mundo inteligível. Platão irá argumentar que o corpo é uma
“casca” onde fica depositada por um tempo a alma. Esta alma para
o filósofo é a verdadeira essência do ser humano, ela tem o acesso
ao mundo das ideias puras e por isso o sábio pode alcançar este
mundo e relembrar o conhecimento que antes era parte de sua natureza.
</span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">O corpo é compreendido como
uma prisão que faz o homem esquecer-se do conhecimento puro. Platão,
sempre no </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>Fedon</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">,
recorre a metáfora também provocadora: a alma esta no corpo como
numa prisão. Diz que “nós, homens” (pretendendo dizer dizer as
almas) estamos como que encerrados em uma custódia”, em uma cela,
em um cárcere. </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">(REALE,
2002, p.177).</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Na sua tese da
transmigração das almas Platão entende que somente saindo do corpo
é que o homem filósofo pode atingir o mundo ideal. Para ele, os
prazeres e o sofrimento prendem a alma ao corpo deixando-a mais
ignorante do processo de conhecimento e fazendo-a reencarnar em outro
corpo após a morte. O filosofo é um homem para a morte. “Do
corpo, explica Platão, derivam os desejos de riqueza, e,
consequentemente, o corpo é causa de guerras. Para conhecer o </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>ser</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">
e para se emancipar-se de todas a as paixões, a alma deve
libertar-se do corpo; e é a morte que liberta de modo total.”
(REALE, 2002, p.179)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">No corpo a alma
esquece-se de como era as coisas no mundo das ideias. Platão usa
duas concepções de diferentes filósofos pré-socráticos para
desenvolver sua filosofia. O corpo como algo corruptível e mutável
e a alma como algo imortal e imutável. A saber, na filosofia de
Parmênides o mundo não é mutável. E para Heráclito tudo muda,
tudo se transforma. Dessa forma, Platão usa as duas noções de
mundo e aplica a sua filosofia para explicar a existência de dois
mundos. Dessa forma, o corpo somente percebe as coisas mutáveis, e a
alma como pertencente ao mundo dos deuses consegue perceber o que é
o ser das coisas.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">No entanto, não
devemos achar que Platão desprezava o corpo, pois este corpo
psíquico não se impõe ao físico. Nietzsche faz uma interpretação
sua de Platão, algo como um platonismo elaborado por ele mesmo, como
sua interpretação do filosofo grego. Para Nietzsche, é com
Sócrates que começa o grande erro, o alemão denuncia o dogmatismo,
a universalidade, a razão exacerbada por parte do homem moderno.
Contrapondo a essa leitura socrático-platônico do mundo Nietzsche
oferece ao mundo o homem criador, o ser intuitivo e artista. Aquele
que possui a intelectualidade da força apolínea e a intuição da
força intuitiva de Dionísio.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Para o filosofo
alemão o corpo é a grande razão, ou seja, é do corpo que o
conhecimento do mundo não é somente possível, mas também todo o
sujeito é criado através do corpo. Para Nietzsche o corpo é
manifestação, mutável e sujeito do ser. Na verdade, Nietzsche
reverte à concepção platônica de mundo. A alma é apenas uma
interpretação do corpo, (Nietzsche afirma que a noção de alma é
uma “espiritualização” do corpo). </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">A sua interpretação
fisiopsicologica é uma abordagem da qual será imprescindível na
sua luta por um pensamento livre das armadilhas da linguagem
impregnada de noções metafísicas, ele pretende reelaborar todos os
fundamentos que garantiam a unicidade do Eu, fazendo assim um
profundo mergulho nas bases que a tradição antes tinha construído
sobre psique (alma).</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">A reflexão de
Nietzsche, como psicólogo, parte, portanto, da erosão desse solo
teórico e da destruição dessas bases, com vistas ao
estabelecimento de novos fundamentos a partir dos quais se possa
construir uma ciência da subjetividade, da psique, ou da alma –
vale dizer, uma psicologia, porem liberada dos preconceitos
metafísicos e morais aos quais até então estivera ligada. Essa
seria uma primeira razão, pela qual ele poderia se considerar o
primeiro psicólogo europeu. Essa identificação entre o psíquico e
o consciente , que constitui um dos alvos privilegiados da critica
nietzscheana, não era, como pudemos constatar, uma invenção de
Nietzsche. nem mesmo um simples lugar-comum no domínio teórico da
filosofia. Podemos localizar num psicólogo como Freud, por exemplo,
idêntica critica dessa limitação da psicologia clássica.
(GIACOIA, 2001, p.22)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Ele submete todo o
aparato psíquico ao corpo como se o corpo fosse a fonte de toda a
atividade mental e intelectual. Todo o sentir, agir, querer é
transmitido à consciência. “</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Todos
os instintos que não se descarregam para fora se voltam para dentro
– isto é o que eu chamo de interiorização do homem, é assim o
que no homem cresce o que depois se denomina sua alma.” (NIETZSCHE,
1998, p.73)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Nietzsche
ao comparar o homem à abelha mostra que o homem somente acumula
conhecimento como a abelha acumula o néctar, e esquece do seu corpo.
Dessa forma, o homem como a abelha é um ser esquecido, pois ao
almejar este mundo puro das ideias ele esta apenas desejando o nada.
Este mundo que se almeja alcançar não passa de uma subversão
metafísica dos valores. Nietzsche tem o propósito de superar a
metafísica colocando o mundo verdadeiro como o único mundo
existente.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Nietzsche,
como um pensador do corpo, traz para o pensamento contemporâneo uma
perspectiva que desconstrói o pensamento socrático. Nietzsche
resgata o pensamento grego do período arcaico.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Os gregos concebiam
a ligação religiosa como uma possibilidade de sentir o sagrado, sem
entretanto desenvolver qualquer tipo de ressentimento com o seu
corpo. Dessa forma, será que Nietzsche queria apenas inverter o
platonismo? Nietzsche relaciona a psique humana ao corpo, um corpo
constantemente construindo-se e modificando-se. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">No filme, o
protagonista fica sabendo da atitude de sua namorada, e por isso, ele
decide realizar o mesmo processo de esquecimento. O médico então
explica como funciona o apagamento de memória, é um esquecimento
artificial. O médico então, mostra que a memória (ou pensamento)
está estritamente ligada ao corpo do sujeito. Dessa forma, a
consciência do sujeito não tem aquela força que o platonismo
afirma. Pelo contrário, a consciência é algo superficial, como um
processo mecanizado, construído pelas experiencias do sujeito.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">A consciência
entendida por Nietzsche é uma superfície rasa, sem profundidade, o
que há por detrás dessa consciência são os instintos básicos do
homem, os impulsos (</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i><b>trieben</b></i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">)</span><span style="font-size: large;"><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">(3)</span></sup></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">.
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">“</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>Eu
sou corpo, por inteiro corpo e nada mais”</i></span><span style="font-size: large;"><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">(4)</span></sup></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>.</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">
Tudo que acontece na consciência é para Nietzsche fruto de
constantes lutas de forças, transformações corporais e
fisiológicas, como um constante pensar-corpo, um pensar corporal. O
filósofo pensava o corpo como algo múltiplo, uma infindável
manifestação de “forças hierarquizadoras” (entendidas por
vontades) onde se processa um equilíbrio, mas em constantes
mudanças. Ele radicaliza ainda mais, ele supõe que até mesmo essas
noções de instintos são interpretações nossa. Dessa maneira não
podemos sequer entender e conhecer plenamente estas manifestações
básicas. Porque até mesmo o corpo pode estar apenas subjugado a uma
interpretação. Dessa forma, estamos sempre nos construindo, fazendo
invenções, interpretações de nós mesmos. A cada nova
interpretação, uma construção, uma perspectiva, ou seja, um
constructo do intelecto humano sobre outra natureza diferente da
natureza do intelecto.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">O inconsciente
disfarce de necessidades fisiológicas sob o manto da objetividade,
da ideia, da pura espiritualidade, vai tão longe que assusta - E
frequentemente me perguntei se até hoje a filosofia, de modo geral,
não teria sido apenas uma interpretação do corpo e uma má
compreensão do corpo. Por trás dos mais altos juízos de valor,
pelos quais até agora a história do pensamento foi guiada, estão
escondidos mal-entendidos sobre a índole corporal, seja de
indivíduos, seja de classe, ou de raças inteiras. </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">(NIETZSCHE,
2001, p. 11)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.02cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">A grande batalha que
se vê travada é entre as memórias de sua relação com Clementine
e o processo de esquecimento artificial. Nesta luta, as duas forças
se movem pela mente de Joel, isso fica muito explícito nas cenas em
que o protagonista percorre caminhos e cenários que mais parecem um
grande labirinto mental. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.02cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Neste campo de
batalha o corpo, a sexualidade são apenas mecanismos de encontro
entre memória e esquecimento. E o esquecimento não é apenas
ausência de memória, mas uma força igualmente potente.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-x0_4_8nJqfU/UaIsKLDnnJI/AAAAAAAABWw/bwrx_KJrB0k/s1600/brilho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-x0_4_8nJqfU/UaIsKLDnnJI/AAAAAAAABWw/bwrx_KJrB0k/s1600/brilho.jpg" /></a></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">A memória tem como
função principal de formadora do caráter social do homem, que
deixa de ser um animal como os outros e se joga como um animal novo
na natureza. Um animal que pode conviver em sociedade com o outro e
fazer promessa. O que Nietzsche propõe é fazer uma interpretação
não metafísica dos valores morais. Por isso retira da pré-história
(</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i><b>Vorzei</b></i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>t</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">),
portanto da terra e do homem todas as pistas para elaborar uma nova
perspectiva do que Nietzsche estabeleceu como uma filosofia da terra,
ou seja, uma filosofia pautada na experiência do homem na sociedade,
como uma história da crueldade do homem sobre si mesmo. A
importância de se estudar a memória é de poder encontrar nesta
faculdade a base em que se formou a subjetividade do homem moderno.
Desta forma, a pesquisa anda junto com o autor numa via contrária da
apreensão do mundo, antimetafísica. É no estudo da memória que
vejo a possibilidade de atingir o âmago das questões axiológicas
do homem moderno. E identificar nesta nova faculdade uma mnemotécnica
que fora sendo desenvolvida ao longo da história da humanidade.
““Esse antiquíssimo problema, pode-se imaginar, não foi
resolvido exatamente com meios e respostas suaves; talvez nada exista
de mais terrível e inquietante na pré-história do homem do que sua
mnemotécnica”.(NIETZSCHE, 1998, p. 50).</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Esta nova faculdade
entra como instrumento fundamental para se criar essa nova maneira de
existir, ou seja, se tornar alguém responsável, alguém que pode
prometer. Para Nietzsche, foi a própria natureza que impôs a si
mesmo essa nova espécie. Criada na pré-história, a memória como
uma força contra outra força, a saber, a força do esquecimento.
Nietzsche submete o problema a uma instância no campo da fisiologia.
Essa submissão da memória a uma explicação não filosófica não
é gratuita, é na verdade uma tentativa de se discutir a questão
numa linguagem que não foi corrompida pela metafísica. È no corpo
do homem que estará às chaves para um problema do próprio corpo. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">A memória é
entendida por ele como um instrumento principal para criar uma “alma”
no homem, de forma que foi um trabalho da “</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>vida
contra a vida</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">”.
Devemos entender essa estranha contradição como uma contradição
aparente, e que pode ser estudado com outro olhar, mais profundo. É
nesta aparente contradição que o filosofo assume a tarefa de usar
um novo método investigativo, como uma nova possibilidade de
interpretação, ou seja, ele ira investigar na genealogia dos
costumes estas pistas para desenvolver sua hipótese sobre a origem
dos valores. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Enquanto a memória
é entendida como um mecanismo que faz surgir a “alma” no
sujeito, o esquecimento é o outro lado desta potencia.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Na segunda
dissertação, no primeiro parágrafo Nietzsche já começa a
criticar os psicólogos ingleses da falta deste em examinar a
veracidade de uma consciência digna de ser soberana, já que esses
psicólogos acreditam que o esquecimento seja como um desgaste da
faculdade da memória, portanto uma </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>vis
inertiae</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">
(algo inerte, passivo), esquecendo que as pulsões tem papel
determinante na maneira do sujeito pensar e agir. O que o filosofo
faz em seu projeto genealógico é demonstrar que os conceitos de
culpa e ressentimento perpassam pelo conhecimento do papel da
faculdade de esquecimento, pois é essa força ativa que é
responsável pela administração das energias instintivas do homem.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Criar um animal que
pode </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>fazer
promessas</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">
– não é esta a tarefa que a natureza se impôs, como uma relação
ao homem? Não é este o verdadeiro problema do homem? O fato de que
este problema esteja em grande parte resolvido deve parecer ainda
mais notável para quem sabe apreciar plenamente a força que atuas
de modo contrário, a do </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>esquecimento</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">.
(NIETZSCHE, 1998, p.47)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">A faculdade do
esquecimento, esse “guardião da porta (</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>Türwarterin</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">),
é uma vontade de querer esquecer-se de uma lembrança. Essa forma
inibidora se apresenta como uma capacidade de assimilar sensações
externas, de modo que administra a fixação desses estímulos na
consciência.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Esta força ativa é
uma atividade psíquica humana primordial, portanto existe com o
homem desde tempos pré-históricos, segundo, que esta faculdade não
é algo passivo porque ela á algo plástico, modelador, ela dá
forma. Ela antecede a memória porque esta ultima é uma
contra-faculdade (</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>ein
Gegenvermögen</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">),
ao contrário da memória, o esquecimento mantém o equilíbrio entre
o que entra e o que instaura na consciência, ou seja, ela se
apresenta como algo salutar para a boa constituição do indivíduo
soberano. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">No capitulo anterior
vimos que a memória é uma contra faculdade que se opera devido as
impressões que causam dor e da dupla condição, a memória como
condição de instaurar uma memória da culpa do ressentimento e de
uma má consciência, mas também, a necessidade desta vontade da
memória para se criar um civilização, a necessidade de fazer
promessas, foi a partir deste momento que a memória sobrepuja a
força primária do esquecimento. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">[...]“grava-se
algo a fogo, para que fique na memória; apenas o que não cessa de
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>causar
dor</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">
fica na memória” – eis um axioma da mais antiga (e infelizmente
mais duradoura) psicologia da terra. Pode-se mesmo dizer que em toda
parte onde, na vida de um homem e de um povo, existe ainda
solenidade, gravidade, segredo, cores sombrias, </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><i>persiste</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">
algo de terror em que outrora se prometia, se empenhava a palavra,
se jurava: é o passado, o mais distante, duro, profundo passado, que
nos alcança e que reflui dentro de nós, quando nos tornamos
“sérios”. Jamais abaixou de haver sangue, martírio e
sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma
memória”.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">(NIETZSCHE, 1998,
p.50)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU8zrcG9mYN-DPlhLakr-uVZoSlKsZ_Q4zkYAzDh31Ou6907uzkN-Hv3FuKUrWBNx-hmiqL40VJ_9NwFKYS2XcI_fu5tFQCI0zAwENtL9QkNltojGgzpV7nbQzniJ8BdcvMF51h3RQD9I/s1600/brilhooo4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU8zrcG9mYN-DPlhLakr-uVZoSlKsZ_Q4zkYAzDh31Ou6907uzkN-Hv3FuKUrWBNx-hmiqL40VJ_9NwFKYS2XcI_fu5tFQCI0zAwENtL9QkNltojGgzpV7nbQzniJ8BdcvMF51h3RQD9I/s320/brilhooo4.jpg" width="320" /></a></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">No final da obra
cinematográfica temos os dois personagens descobrindo o que
realmente aconteceu entre os dois. Eles descobrem que o amor que eles
tinham um pelo outro não tinha suportado a própria existência. A
memória tinha vencido, porém, o sentimento que tinha feito
lembrá-los da vida a dois não foi o suficiente para mantê-los
juntos.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Filmografia: </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-size: large;"><b>Michel Gondry. </b><i><b>Brilho eterno de uma mente sem lembrança</b>. </i><i>Eternal sunshine of the spotless mind </i>- 2004</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"> </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Referências:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: -0.02cm;">
<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.21cm; }</style>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%;">
<span style="font-size: large;">NIETZSCHE,
Wilhelm Friedrich. <b>Genealogia da moral: uma polêmica</b>.
Tradução e notas de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia
das letras, 1998.</span></div>
<br />Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-32958549130571153032013-03-27T20:06:00.002-03:002013-05-20T15:00:54.162-03:00Os zumbis e a filosofia<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.21cm; }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">Os
filmes de zumbis tem grande apelo na sociedade contemporânea.
Lembremo-nos de </span></span><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">Re-animator</span></i></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
(1975), </span></span><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">a
volta dos mortos vivos</span></i></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
(1985), Zombie - </span></span><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">O
Despertar dos Mortos</span></i></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
(1978) de Romero, sem contar das séries, e animações, e agora
temos até zumbis que podem amar como </span></span><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">meu
nam</span></i></span><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">o</span></i></span><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">rado
é um zumbi</span></i></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
(2013). São todos filmes que tratam de um mesmo tema, </span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">a
saber,</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">m</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">ortos
que v</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">o</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">ltam
a andar e ter uma fome por carne fresca humana </span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">(de
preferência cérebros)</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-oes5MHWipEo/UVN5q8lMO6I/AAAAAAAABVk/nVg9D5rXtOI/s1600/rea.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-oes5MHWipEo/UVN5q8lMO6I/AAAAAAAABVk/nVg9D5rXtOI/s320/rea.jpg" width="216" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Stuart
Gordon.Re-animator. 1975.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">O mito dos zumbis tem forte tradição nas culturas primitivas da
africa e América central, em particular no Haiti. </span></span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;">Os</span> </span><b><span style="font-weight: normal;">zumbis, também chamados
mortos-vivos<b>, s</b>egund<b>o</b> a lenda, são seres que morreram, mas por ação
de um sacerdote vodu regressaram à vida e se tornam escravos
dessas pessoas. Foram convertidos em lenda e muitas pessoas acreditam
que são reais, e de certo modo são.</span></b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-JCcp2XvR3Ik/UVN5N7EeETI/AAAAAAAABVc/iSZOVA8DXwc/s1600/zumbi.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="145" src="http://4.bp.blogspot.com/-JCcp2XvR3Ik/UVN5N7EeETI/AAAAAAAABVc/iSZOVA8DXwc/s200/zumbi.jpeg" width="200" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-weight: normal;"> Meu namorado é um zumbi - 2013</span></b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-weight: normal;">O presente ensaio pretende trazer este particular gênero do cinema para uma abordagem
filosófica. Se os zumbis são mortos-vivos, pessoas que
estão mortos, mas que podem andar e se alimentar, podemos então associar
estes seres semi-mortos com pessoas que vivem em um estado
semelhante. Pessoas que anda</span></b><span style="font-weight: normal;">m,</span><b><span style="font-weight: normal;"> se alimentam, mas estão completamente
fora das preocupações do mundo contemporâneo.</span></b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-weight: normal;">A
minha proposta é mostrar que os filmes de zumbis são uma alegoria
do homem pós moderno. Este homem<b> </b></span><span style="font-weight: normal;">está muito bem</span><span style="font-weight: normal;"><b> </b>representado como um homem que
anda sem “destino”, sem perspectivas face a uma sociedade
incoerente. O homem pós moderno vive em um mundo em que as
significações das coisas não condiz com o mundo real. Para entender
este problema vou chamar Karl Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 —
Londres, 14 de março de 1883) sobre o conceito de alienação.</span></b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-weight: normal;">Karl
Marx<b>,</b> na obra </span></b><b><i><b>Introdução à
crítica da filosofia do direito de Hegel</b></i></b><b><span style="font-weight: normal;">
(1843), já registra algumas considerações de que a
religião seja
obstáculo para a luta do
homem contra a “alienação”: “A
religião é apenas o sol ilusório em torno
do qual se move o homem
enquanto não se move em torno de si mesmo”.
A frase mais
conhecida, certamente, é aquela que diz “A religião é o ópio
do povo” (1993, pp. 77-78).
</span></b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-weight: normal;">O
filósofo, afirma que a religiosidade é simultaneamente expressão da
alienação
humana e instrumento para conservar o homem comum
alienado da
realidade e de si mesmo. Como ele chega a esta
conclusão? Bem, ele parte do pressuposto que a crença religiosa tem
um caráter ideológico nas sociedades. E historicamente,
encontraremos o cristianismo como um dos poderes mais atuantes na
história das sociedades
ocidentais. </span></b><b><span style="font-weight: normal;">A
célebre frase: “a religião é o ópio do povo” representa muito
sinteticamente toda uma concepção da força da sociedade que age no homem. </span></b>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-weight: normal;">O
zumbi, seria como o homem alienado de Marx, que está fora, a palavra
alienação vem do latim </span></b><b><i><span style="font-weight: normal;">alienare</span></i></b><b><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
(</span></span></b><b><i><span style="font-weight: normal;">alienus</span></i></b><b><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">)
e significa: que pertence a outrem (a um outro).</span></span></b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O zumbi,
assim como o homem alienado está fora de si, está ausente de sua
condição, como o zumbi, ele não se conhece, nem se interroga sobre si
mesmo, com exceção do personagem do filme Meu namorado é um zumbi”
neste filme o protagonista possui certa consciência de sua condição,
ele sabe que seu nome começa por R, e que tem um amigo que se "comunica" . É o mais
próximo da representação do homem pós moderno, ele vive como o
personagem R, ele come, anda, conversa, mas desconhece completamente
sua história e sua condição de escravo do trabalho e do mercado
capitalista. Diante de tantos Mcdonalds, chille beans, mercedes, e
tantos outras “fomes” e “sedes” o homem pós moderno surge
como um ser que desconhece, vive como um morto-vivo numa sociedade que preza
somente o consumismo, e que o ter é mais importante que o ser.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.21cm; }</style>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Referências:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Marx,
Karl. <b>Introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel</b>.
1a edição 1843.
Lisboa, Edições 70.
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Filmografia:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
levine,
Jonathan. <b>Warm Bodies</b>. Mandeville Films. 2013. EUA. 1:37mim.
</div>
<br />
<br />Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-91363359978995888812012-11-25T22:56:00.001-03:002012-11-25T23:28:49.482-03:00Sin City: a interdependência semiótica dos quadrinhos. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8BTxan37TI-DipYPfQ2XQzDmsFhYVuy2TOi_TOj0_R8rPrvMQZCxEz3rxBVN6Uug_qER76TadlLKZaxPdpC1krsB1DOrOI2T4EadyTrK4TYrAYkNFePIa446Q2pF4fWo565Xd4sTP7Ww/s1600/sincity-e1344920636232.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8BTxan37TI-DipYPfQ2XQzDmsFhYVuy2TOi_TOj0_R8rPrvMQZCxEz3rxBVN6Uug_qER76TadlLKZaxPdpC1krsB1DOrOI2T4EadyTrK4TYrAYkNFePIa446Q2pF4fWo565Xd4sTP7Ww/s1600/sincity-e1344920636232.jpg" /></a></div>
<br />
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
<br />
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sin
City: a independencia semiótica dos quadrinhos.
</span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Nelson L.
Rodrigues</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<i><span style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sin
City </span></span></i><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">(</span></span></span><i><span style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sin
City</span></span></i><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">
- A Cidade do Pecado)</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> é um filme norte americano de
2005 dirigido por Robert Rodriguez com co-direção de Frank Miller
(criador da HQ homônima) e Tarantino. Foi lançado nos cinemas 29 de
julho no Brasil. Rodriguez também deu ao criador de </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sin City</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">,
Frank Miller, o crédito de direção do filme, por seu estilo visual
e sua influência no resultado final – afinal, a HQ serviu como
history board para as filmagens -. Houve inclusive uma rixa com o
famoso sindicato de diretores dos Estados Unidos que não reconheceu
a parceria Rodriguez-Miller, o que levou Rodriguez sair do sindicato,
mantendo assim os creditos. Originalmente, Frank Miller não queria
comercializar os direitos de um filme sobre </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sin City</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">.Sin City
começa com a história </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">The Costumer Is Always Right</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> como
comentei no começo. Este filme de 2005 faz uma grande homenagem aos
célebres filmes Noir dos anos 30 e 40 do século passado, mas
apresenta também elementos expressionistas e mesmo surreais como o
momento que Dwight McCarthy (Clive Owen) começa a conversar com a
cabeça do detetive Jack "Jackie Boy" Rafferty Benicio Del
Toro - esta sequência foi dirigida por Quentin Tarantino - . O filme
consegue reproduzir quadro-a-quadro a HQ de forma quase
esquizofrênica, em uma tentativa desesperada de Rodriguez em
reproduzir cada traço, cada signo, e porque não cada emoção para
as telas.
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Na película, temos os principais
signos com suas contraposições, o policial corrupto e violênto, a
mulher fatal, as gangues de rua – transferido para as prostitutas
de </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Basin City</span></i><span style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">, e o detetive
anti-herói doente e vingativo bem representado no personagem de John
Hartigan (Bruce Willis). Portanto, não podemos dizer que seja um
cinema puro, a carga simbólica fora transferida completamente,
porém, há algumas diferenças entre os antigos filmes noir e Sin
City. </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Os
momentos de expressionimo estão também evidentes, seja na
construção da profundidade psicológica dos personagens, seja nos
cenários modificados por ângulos irregulares e posição de câmeras
o que lembra muito Dr. Caligari.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> A partir de curta de uma das
histórias da Granphic '"The Costumer Is Always Right" ("O
Cliente Tem Sempre Razão"). Miller então impressionado com o
resultado do curta aprovou a realização do filme. Rodriguez usou a
mesma estratégia para convencer os atores a participarem do filme. O
longa-metragem é baseado em quatro histórias dos quadrinhos: </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sin
City (The Hard Goodbye)</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">, </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">The Customer is Always Right</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">, </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">The
Big Fat Kill</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">, </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">That Yellow Bastard</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">. O filme traz também um
epílogo escrito exclusivamente para o filme por Rodriguez e Miller.
Ouso afirmar que Sin city já nasceu extemporâneo desde sua
concepção! Sua forma e franquesa nas construções das cenas
convence qualquer espectador. Rodriguez deu um salto quântico para
fora dos limites dos quadrinhos como uma febre tempestuosa que tornou
possível toda a gama de filmes de superherois em Hollywod. Se o
objetivo fôra transportar toda a carga de signos de um tipo de
narrativa para o cinema, podemos concordar que o diretor Robert
Rodriguez obteve cem por cento de sucesso. A grande difilculdade em
se fazer filmes baseados em quadrinhos deriva de um tipo de
preconceito estilístico por acreditar que ainda há critérios
legítimos como originalidade e fidelidade.
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">As cores são os principais
elementos que não fogem a minha análise - e nem poderia! - , o
filme tem predominância das cores neutras (o preto e o branco) e dos
tons de cinza. Esta escolha em evidenciar o preto, o branco e o cinza
relacionam-se com os elementos que ligam a obra fílmográfica e a
obra quadrinística de Miller como o mistério, o suspense, e a
violência. Não se trata apenas de preencher os campos de sombras,
as sombras são amarrações estilísticas que prendem o espectador
aos personagens. A almas dos que vivem na cidade estão tão negras
quanto Basin City, as sombras mostram que o horror, a violência e a
brutalidade vivem nos habitantes da cidade dos pecados numa relação
simbiótica* com a paixão, o amor, e a amizade. Esta relação
orgânica demonstra que os fatos importantes são apontados na obra
com a utilização da cor. O vermelho representa o sofrimento e o
sangue, ou seja, o fruto da maldade da cidade. O amarelo evidencia a
repugnância e a extrema necessidade de matar dos personagens, como
bem menciona Borgo.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 2.98cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Os
tons de cinza até aparecem (ficaria estranhíssimo se não
existissem), mas o contraste é diferente de tudo o que já foi
produzido na indústria do cinema até hoje. Para obter tal requinte
estilístico, Rodriguez rodou toda a produção com fundos verdes -
croma-keys - que mais tarde foram substituídos por pretos e brancos
totais, tons há muito buscados e pouco obtidos por diretores de
fotografia de todo o mundo. A cor, como no quadrinho, só é
utilizada quando tem relevância total para a história. O sangue é
vermelho quando o filme pede que soframos por um personagem, o vilão
é amarelo quando o asco precisa ser evidenciado.(Borgo, 2005)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Segundo Robert Stan, a crítica a
respeito às adaptações intersemióticas tem sido profundamente
“moralista”, pois estão fundamentadas aos antigos conceitos
fidelidade, originalidade, sacro, puro. Para Stan, os puritanos
afirmam que o cinema fez um desserviço à literatura, pois, termos
como infidelidade, traição, deformação, violação e profanação
ainda estão espalhados nos meios acadêmicos que proliferam nos
discursos sobre adaptações intersemióticas.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 3.01cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Embora
seja fácil imaginar um grande número de expressões positivas para
as adaptações, a retórica padrão comumente lança mão de um
discurso elegíaco de perda, lamentando o que foi “perdido” na
transição do romance ao filme, ao mesmo tempo em que ignora o que
foi “ganhado”. (STAN, 2006, p.20)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-left: 3.01cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Outro
elemento que vale mencionar no filme de Rodriguez é a não
linealidade temporal das cenas. As histórias se alternam dialogando
entre elas como podemos constatar nas obras tanto de Rodriguez como
de Tarantino como marcas reconhecidas dos diretores. Cada história
está fechada em si mesmo, mas não sumariamente isoladas de um jogo
maior de cenas e sequencias que configuram uma narrativa maior,
portanto, o tempo não se prolonga como uma sequência reta de
eventos, mas em uma alternância de situações e fatos que ao longo
da película vai desvelando o andamento da narrativa numa totalidade.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">
O próprio nome da cidade é outra pista de análise filmográfica, o
nome da cidade não é Sin City, mas Basin City, apenas algumas
poucas cenas mstram o nome completo, este nome pode significar bacia.
Vasilhame, mas também depressão geológica, podemos interpretar
como uma cidade do submundo, onde conceitos de justiça não alcança,
é uma depressão que também representa o espírito dos habitantes
de Basin City, todos atormentados pelos seus temores, angústias,
ira, ciumes. Ou seja, Basin ou Sin City é um verdadeiro calderão
dos infernos onde todos buscam suas satisfações e vinganças pelo
prazer ou pela sobrevivência.
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">
Em seu objetivo, creio que foi alcançado com sucesso, a tentativa de
“transportar” os quadrinhos para a telona manteve um diálogo
mais próximo entre a literatura e o cinema. Outro objetivo alcançado
com bastante eficiência foi recriar o noir com uma roupagem mais
atual e dinâmica que prende o espectador na cadeira. Levando em
consideração a concepção de que qualquer tradução se propõe
perdas e ganhos, acredito que Sin City teve mais ganhos que perdas,
pois foi bem além dos quadrinhos.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
____________________________</div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;"><b>Simbiose</b></span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: normal;">
é uma relação mutualmente vantajosa, na qual, dois ou mais
organismos diferentes são beneficiados por esta associação. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; margin-bottom: 0cm;">
Referencias:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">STAN, Robert. Teoria e prática da adaptação: da
fidelidade à intertextualidade. In: ilha do desterro.
Florianópolis. Nº51. 2006.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">http://omelete.uol.com.br/cinema/sin-city-cidade-do-pecado/</span></div>
</div>
Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-29216827113905679362012-10-15T10:03:00.001-03:002012-10-15T10:04:21.038-03:00O drama hitchcockiano em Vertigo<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.21cm; }</style>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6SL464rBo544Xved9M3wyl6KMcepWTH14hC0xGehiU3l3ZXA44I27DkMRbu-u0DJnvc8zi4PvyvXc92hYpg5PpLo6dCUMgKSOGVL03617nvafSh3Y7vg5NEvq12ZCAmHJ_M4-xJwaD68/s1600/vertigo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6SL464rBo544Xved9M3wyl6KMcepWTH14hC0xGehiU3l3ZXA44I27DkMRbu-u0DJnvc8zi4PvyvXc92hYpg5PpLo6dCUMgKSOGVL03617nvafSh3Y7vg5NEvq12ZCAmHJ_M4-xJwaD68/s1600/vertigo.jpg" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.21cm; }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">O
filme foi recentemente colocado no topo tirando Cidadão Kane do
primeiro lugar entre os melhores filmes de todos os tempo pela
revista </span><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Sight &
Sound</span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">.
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Começo
pela abertura, que mostra o olho como uma introdução do enredo,
pelo olho mostra as linhas matemáticas que simula a vertigem. </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">John
Fergunsson é um investigador que após uma perseguição tem uma
experiência que lhe causa um trauma (acrofobia- med</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">o</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
de a</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">l</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">tura</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">).
</span></span></span></i></span></i>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Outro
elemento da genialidade de Hitchcock é a sua criatividade com a
criatividade de manipular a câmera. </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">O
</span></span></span></i></span><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">contra zomm</span></span></span></i></span></i><i><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"> criado pelo filme seria utilizado por outros filmes, este
recuo e zomm consecutivos simula de forma magistral a sensação de
nausea do personagem. </span></span></span></i></span></i>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">No
filme há elementos do expressionismo, como as sombras, o tema da
loucura e das cenas fantasmagóricas, o que indica que Hitchcock bebeu
desta linha estética e que marca toda a sua obra fílmica, </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">o
transe de Madaleine lembra muito o transe do personagem de Caligari</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">.</span></span></span></i></span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Outro
fato curiosos é</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
que os her</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">ó</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">is
de Hitchcock são incompletos, ou com problemas físicos ou
psicológicos, </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">(ver
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">janela
indiscreta </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">em
que o personagem tem a perna quebrada), </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">o
que nos faz lembrar a tragédia grega</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">.
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Em
ambos temos a construção de uma jornada do herói, tanto na tragédia
com na obra de Hitchcock há um herói incompleto, que precisa
necessariamente passar por experiências dramáticas para que possa
se constituir um herói completo.</span></span></span></i></span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-EmPKZZTAx9Y/UHwI592kNLI/AAAAAAAABTk/ZVLOtizm12U/s1600/Captura-cdrom0-3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-EmPKZZTAx9Y/UHwI592kNLI/AAAAAAAABTk/ZVLOtizm12U/s320/Captura-cdrom0-3.png" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-FLxDH1HGoto/UHwI7DpoRzI/AAAAAAAABTs/HrZsaMfMegU/s1600/Captura-cdrom0-6.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-FLxDH1HGoto/UHwI7DpoRzI/AAAAAAAABTs/HrZsaMfMegU/s320/Captura-cdrom0-6.png" width="320" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Em
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;">O
corpo que cai </span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">o</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
personagem principal se vê envolvido em um grande mistério, seu
amigo lhe pede para investigar sua esposa Madaleine. Neste momento
podemos ver que há uma tradição do expressionismo </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">bem
evidente</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">no
longa de Hitchcock</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">,
Madaleine em alguns momentos desaparece, como um fantasma como na
cena do hotel, </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">ou
quando desaparece do seu quarto,</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
tudo isso coloca </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">o espectador </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">em
uma misteriosa aventura. Diria que o longa poderia ser dividido em
duas partes, uma sobre a personagem de Madaleine </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">e
seu passado</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
e a outra sobre o próprio John. </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Este personagem, ou melhor, este heroi incompleto se aperfeiçoa ao passar
da história encontra suas respostas, mas ainda sim um homem comum.
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Como
um homem que está doente psicologicamente tem como responsabilidade
cuidar de uma mulher cujo passado lhe atormenta? A aparentne loucura
de Madaleine se enquadra no recorrente tema da insanidade já
visitada em psicose, </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">lançando
o espectador</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">no</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
ambiente </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">da
loucura, já </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">conhecido
de Hitchcock. </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Esse
melodrama entre herói e donzela é entendida por Xavier (XAVIER,
p.2) como uma </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">consequência
da construção do melodrama pós revolução francesa impulsionando
assim a produção cinematográfica. </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">No
meu entender, o cinema Hitchcockiano não descenderia necessariamente
de uma produção melodramática pós revolução, mas sim, de uma
fonte mais antiga. </span></span></span></i></span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-qAYgbdFJBcs/UHwJYC3VV7I/AAAAAAAABT0/F5GeCAsbb8g/s1600/Captura-cdrom0-1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-qAYgbdFJBcs/UHwJYC3VV7I/AAAAAAAABT0/F5GeCAsbb8g/s320/Captura-cdrom0-1.png" width="320" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">O que realmente impulsionou a criação
cinematográfica foi a tragédia grega. Já nas primeiras produções
do cinema podemos ver que o tema mitológico é fonte da produção
cinematográfica. </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Destacam-se
também as obras do início do século XIX de Méliès como
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;">Pigmalião
e Galatéia</span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
de 1898, Netuno e Anfitrite de 1899, A</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;">s
três Bacantes</span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
de 1900, </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;">Galatéia</span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
de 1910. de Alice Guy temos Vênus</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;">
e Adônis</span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
de 1901, </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">de
Romeo Bosset </span></span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">O
voo das Ninfas</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">
de 1909, e ainda de Louis Feuillade que fez muitos filmes com temas
mitológicos com naturalidade e ironia como Prometeu de 1908,
Anfitrião de 1910 entre outros. O que esta breve lista indica é a
grande produção fílmica que surge juntamente com o cinema. Outros
cineastas mais contemporâneos também beberam da fonte mitológica
para produzir obras de grande repercussão como </span></span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">Medeia</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">
de Lars Von Trier de 1988, Poderosa Afrodite de Woody Allen de 1995,
</span></span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">Troia</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">
de </span></span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Wolfgang
Petersen de 2004, o remake Fúria de Titãs</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">
de Louis Leterrier de 2010, e </span></span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">Prometheus</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">
por Ridley Scott de 2012. Podemos verificar a partir destas obras que
o mito grego ainda se encontra presente no espírito da sociedade. Ou
seja, o mito enquanto forma de discurso revela os grandes vontades,
paixões e verdades que durante milhares de anos o homem almeja. Este
pensamento mítico não é apenas um percurso contra a razão, muito
pelo contrário, o mito serviu durante séculos para explicar os
fenômenos naturais, ou para explicar as relações entre os homens e
sua existência. </span></span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="-moz-background-clip: border; -moz-background-inline-policy: continuous; -moz-background-origin: padding; background: transparent none repeat scroll 0% 0%;">A partir desta breve exposição posso afirmar que Hitchcock dá
continuidade ao drama que começou na produção literária da Grécia
antiga. Outra similaridade entre a obra hitchcockiano e a produção
antiga se refere a linguagem imagética.</span></span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">O</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">s
filmes de Hitchcock porque ele sabe literalmente contar uma história
apenas com as imagens, em certos momentos podemos ver os filmes dele
como um filme mudo, ou sem falas e mesmo assim podemos saber a
história, exemplo, no museu em que as imagens das flores e do
detalhe do cabelo de Madaleine já indica um passada entre Madaleine
e o passado de Carlota a louca, o que já explica o comportamento da
personagem, esta aparente loucura e o trauma de John já nos aponta
para um final trágico, </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">não
é um filme para muitos devido o fato de ser longo e em </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">alguns</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
momentos lento. </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">A
cena da igreja 'bastante interessante, a loucura de Madaleine constantemente coloca a prova a coragem de John, na cena da queda é
john que deveria salvar novamente, mas com suas limitações a luta
de sua consciência e seu temor lhe custa a vida de sua amada. Além
de sua fobia, o personagem ainda </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">tem
que lutar com uma depressão e um c</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">o</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">mplexo
de culpa, o que lhe deixa mais imcompleto.</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Desta
forma, John Fergunsson é um hmem frágio que sofre pela perda de sua
amada, e que ainda precisa passar por uma luta pessoal. </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Suas
experiências parecem degredir sua sanidade, o que é bem claramente
mostrado na cena em que o protagonista pede para a Madaleine (agora
tentando se passar por utra pessoa) vestir-se como antes.</span></span></span></i></span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><br /></span></i>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Outro
detalhe interessante e que foi apontado pelo filósofo Zizèk é a
questã</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">o</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
da interelação </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">visual
e narrativa dos filmes de Hitchcock, há uma certa compulsão
imagética na obra do diretor. Ele afirma:</span></span></span></i></span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><br /></span></i>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><br /></span></i>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.07cm;">
<i><span style="font-size: large;"><i>“ <span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">uma
pessoa que se agarra desesperadamente à mão de outra: o saotador
que nazista que se agarra à mão que o bom herói norte-americano
que lhe estende do auto da tocha da Estátua da Liberdade em
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;">Sabotador</span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">,
na confrontação final de J</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;">anela
indiscreta</span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">,
o fisicamente diminuído James Stewart pendurado na janela, que tenta
agarrar a mão de seu perseguidor, o qual, em vez de ajudá-lo,
esforça-se para fazé-lo cair; em </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;">O
homem que sabia demais</span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
(1955 remake) (...)” “James Stewart que se agarra, que se </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">segura</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
à chaminé </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">do
telhado e tenta desesperadamente alcançar a mão que o policial</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">lhe
estende (...)” “Eva Marie-Sant, que se agarra à mão de Gary
Grant a beira do precipício (logo seguido do plano em que ela sa
agarra à mão dele no beliche do vagão-dormitório n final de
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-weight: normal;">Intriga
internacional</span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">).
(Zizek, p.82, 2009)</span></span></span></i></span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><br /></span></i>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Podemos
então, a partir de Zizek, que o conjunto da obra de Hitcock não
como um caso psicanalítico, mas com um compêndio psicanalítico,
onde o diretor se transforma em um pasicanalista que escreve </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">teses
sobre psicanálise</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">.
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Os
motivos como “A queda”, a “loucura”, os “traumas”, “ a
intuição feminina” e “manias” são temas psicanalíticos </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">que
são</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">mostrados
em seus longas, o que evidência portanto um</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
diretor</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">-psicanalista</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">.
As interpretações </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">não
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">são
muito boas, James Stewart </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">não
estava muito bem na minha opinião</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">.
Kim Novak com suas mudanças de humor repentinas, traz um mistério
interessante, onde não sabemos se ela está possuída ou não. O
mistério é algo muito presente </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">no
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">filme,
e</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">m
</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">muit</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">os
momentos</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
esse mistério </span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">é
ilustrado</span></span></span></i><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
através do estado mental das pessoas, e não conseguimos distinguir
se a pessoa está em um estado mental saudável ou não, se o que se
passa é real ou não.</span></span></span></i></span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-79610261805116595292012-10-07T23:15:00.000-03:002012-10-07T23:17:17.440-03:00Expressionismo: quando o imaginário é mais real<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-a_Z6wX6Vk_g/UHI2xPQAD9I/AAAAAAAABTE/eqQuT9pBUH8/s1600/O_Grito.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-a_Z6wX6Vk_g/UHI2xPQAD9I/AAAAAAAABTE/eqQuT9pBUH8/s320/O_Grito.jpg" width="254" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-XW0NuGB95D8/UHI2yms0SNI/AAAAAAAABTM/rupHwayinT4/s1600/gabinetedodrcaligari2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-XW0NuGB95D8/UHI2yms0SNI/AAAAAAAABTM/rupHwayinT4/s320/gabinetedodrcaligari2.JPG" width="221" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Faz-se necessário algumas reflexẽs sobre o período histórico em que
surge o expressionismo. Seu aparecimento surge em meio a crise na
Alemanha após a primeira guerra mundial e a pouca vida da república de
Weimar. Tudo isso contribuiu para refletir posições contrárias ao
racionalismo moderno e ao cientificismo. Para acrescentar, o pensamento
de Nietzsche contra o racionalismo e o retorno a outras formas de
compreensão do mundo embalado pela força dionisíaca da arte extasiática
contribuiu para uma mudança de paradigmas na sociedade europeia. Além
da Influencia da filosofia de Nietzsche encontramos na teoria do
inconsciente de Freud seu grande motor, os artistas alemães do início
do século fizeram a arte ultrapassar os limites da realidade e da
pretensa estabilidade da consciência. Neste momento, creio que as
descobertas do inconsciente e da configuração do aparelho psíquico do
sujeito moderno foi o aspecto mais importante na formação da estética
expressionista, podemos perceber este ingrediente nas obras de Munch
com seu quadro "O grito" de 1893 em que transparece a agonia e o
desespero. E podemos perceber que no filme, a temática transparece
desde o cartaz do filme até os personagens, no começo já aparece a cena
meio onírica no início do filme, e logo após os personagens como o
sonâmbulo, dr. Caligari (podemos fazer um paralelo com Freud, que no
início utilizava a hipnose para tratamento dos dentes).<br />
A agonia e o desespero do <span style="font-weight: bold;">O</span> <span style="font-weight: bold;">grito</span>
está presente não só na personagem, ela transparece uma vida sem
sentido e desesperadora, onde a condição humana difícil de assimilar. O
quadro reflete tã bem que nos identificamos aponto de sentirmos a dor
do pintor. Dessa forma, ao ver o mundo torto e disforme vemos a nós
mesmo, em nosso interior podemos ver a confusão de pensamentos,
sentimentos e emoções, um intenso pulso primitivo que nos coloca sempre
em um luta entre o interior e o exterior da psiquê humana.<br />
<br />
Nos
filme de Wiene podemos ver os personagens enigmáticos que condiz com o
mistério que envolve o inconsciente do indivíduo, as descobertas
psicanalíticas de Freud no início do século XX trouxe para o pensamento
contemporâneo uma retomada de velhas questões que não foram resolvidas
completamente. Os sonhos, as pertubações pulsionais do indivíduo tomam
outra importância.<br />
<br />
Dessa forma, o aspecto que me chama mais
atenção se ambienta neste mundo psicanalítico de Freud e as obras de
Munch, é a descoberta de um instinto que impulsiona o comportamento
humano, e mostra que o consciente estático admitido desde a antiguidade
por Platão não se sustenta como uma verdade livre de qualquer
contradição em seu interior.</div>
Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-32531289884081008042012-06-06T22:20:00.000-03:002012-06-06T22:20:07.985-03:00Morre o pai de Fahrenheit 451<strong><br /></strong><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-eOTFMoiVoT4/T8___BfzfxI/AAAAAAAABSU/67J5bsvOS6g/s1600/esq-ray-bradbury-1966-lg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-eOTFMoiVoT4/T8___BfzfxI/AAAAAAAABSU/67J5bsvOS6g/s320/esq-ray-bradbury-1966-lg.jpg" width="245" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<strong><br /></strong></div>
<strong><br /></strong><br />
<strong><br /></strong><br />
<strong> </strong><br />
<div style="text-align: justify;">
<strong></strong><strong></strong> É com pesar que anunciamos o falecimento do autor de <em></em><em>Fahrenheit 451</em> e Cronicas marcianas entre outros - morreu nesta manhã em Los Angeles, EUA aos 91 anos. Bradbury nasceu no estado de Illinois , em 1920 . </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-hPRfSqqPrpg/T9AAL3UViGI/AAAAAAAABSc/91Ipp-esci8/s1600/0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-hPRfSqqPrpg/T9AAL3UViGI/AAAAAAAABSc/91Ipp-esci8/s320/0.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sofreu influências das histórias de ficção científica como <strong>Flash Gordon</strong> e <strong>Buck Rogers</strong>, começou a publicar suas histórias em fanzines em 1938. A primeira coleção de contos, <em>Dark Carnival</em>, foi publicada em 1947 e sua consagração veio em 1950, por conta das críticas positivas de <em>As Crônicas Marcianas</em>. Em 1953, lançou sua obra mais famosa, <em>Fahrenheit 451</em>, em que retrata uma sociedade futurista onde os livros são ilegais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Yj8zLW1UuMY/T9AAS8UTsoI/AAAAAAAABSk/uAcqrcCwUFg/s1600/farenheit.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-Yj8zLW1UuMY/T9AAS8UTsoI/AAAAAAAABSk/uAcqrcCwUFg/s1600/farenheit.jpeg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-a3rvNygI0Co/T9AAXsxLWJI/AAAAAAAABSs/t6VO81tBaFo/s1600/Fahrenheit-451.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="http://2.bp.blogspot.com/-a3rvNygI0Co/T9AAXsxLWJI/AAAAAAAABSs/t6VO81tBaFo/s320/Fahrenheit-451.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Recebeu em 2007 uma citação especial do Prêmio Pulitzer por sua "<em>distinta, prolífica e profundamente influente carreira como um incomparável autor de ficção científica e fantasia</em>". Tece seu trabalho traduzido para diversos meios, de histórias em quadrinhos a séries de TV, incluindo a versão para o cinema <em>Fahrenheit 451</em>, dirigida por <strong>François Truffaut </strong> em 1966, e a minissérie baseada em <em>Crônicas Marcianas</em> estrelada por <strong>Rock Hudson</strong>, em 1979.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="" id="result_box" lang="en"><span class="hps">Ray</span> <span class="hps">Bradbury</span> <span class="hps">-</span> <span class="hps">author of</span> <span class="hps">Martian Chronicles</span><span>,</span> <span class="hps">Fahrenheit</span> <span class="hps">451,</span> <span class="hps">among others</span> <span class="hps">-</span> <span class="hps">died this morning</span> <span class="hps">in Los</span> <span class="hps">Angeles</span><span>,</span> <span class="hps">aged 91</span><span>.</span> <span class="hps">Born</span> <span class="hps">in Illinois</span> <span class="hps atn">(</span><span>USA) in</span> <span class="hps">1920</span><span>,</span> <span class="hps">was</span> <span class="hps">influenced</span> <span class="hps">by</span> <span class="hps">science fiction stories</span> <span class="hps">such as Flash</span> <span class="hps">Gordon</span> <span class="hps">and Buck</span> <span class="hps">Rogers</span><span>,</span> <span class="hps">began publishing</span> <span class="hps">his stories in</span> <span class="hps">fanzines</span> <span class="hps">in 1938</span><span>.</span> <span class="hps">The first collection</span> <span class="hps">of short stories</span><span>, Dark</span> <span class="hps">Carnival</span><span>,</span> <span class="hps">was published</span> <span class="hps">in 1947</span> <span class="hps">and his</span> <span class="hps">acclaim came</span> <span class="hps">in 1950</span><span>, because of</span> <span class="hps">positive reviews from</span> <span class="hps">The</span> <span class="hps">Martian Chronicles</span><span>.</span> <span class="hps">In 1953</span><span class="">, he launched</span> <span class="hps">his most famous work</span><span>,</span> <span class="hps">Fahrenheit</span> <span class="hps">451</span><span>, which</span> <span class="hps">depicts</span> <span class="hps">a</span> <span class="hps">futuristic</span> <span class="hps">society</span> <span class="hps">where books</span> <span class="hps">are illegal</span><span>.</span> <span class="hps">He has over 20</span> <span class="hps">titles</span> <span class="hps">published</span> <span class="hps">in 2007</span> <span class="hps">received</span> <span class="hps">a special citation</span> <span class="hps">Pulitzer Prize</span> <span class="hps atn">for his "</span><span>distinguished</span><span>,</span> <span class="hps">prolific and</span> <span class="hps">deeply influential</span> <span class="hps">career as</span> <span class="hps">an unmatched</span> <span class="hps">author of</span> <span class="hps">science fiction and</span> <span class="hps">fantasy."</span> <span class="hps">His work was</span> <span class="hps">translated into many different</span> <span class="hps">media, from</span> <span class="hps">comics</span> <span class="hps">to TV series</span><span>,</span> <span class="hps">including the</span> <span class="hps">film version</span> <span class="hps">Fahrenheit</span> <span class="hps">451,</span> <span class="hps">directed by</span> <span class="hps">François</span> <span class="hps">Truffaut</span> <span class="hps">in 1966</span><span>,</span> <span class="hps">and the</span> <span class="hps">miniseries</span> <span class="hps">based on</span> <span class="hps">Martian Chronicles</span> <span class="hps">starring</span> <span class="hps">Rock</span> <span class="hps">Hudson,</span> <span class="hps">in 1979</span><span class="">.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-6342093866956658752012-04-13T14:06:00.003-03:002012-04-13T14:09:27.216-03:00I Encontro de Estudos Clássicos<table class="mceItemTable" data-mce-style="width: 100%;" style="width: 100%;"><tbody>
<tr><td height="100"><div align="left">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-G3hZc2Br2Ko/T4hdAK8HDzI/AAAAAAAABSE/RU6G3HqtzdY/s1600/logo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" src="http://2.bp.blogspot.com/-G3hZc2Br2Ko/T4hdAK8HDzI/AAAAAAAABSE/RU6G3HqtzdY/s320/logo.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="left">
<br /></div>
<div align="left">
<br /></div>
<div align="left">
<br /></div>
<div align="left">
<br /></div>
<div align="left">
<br /></div>
<div align="left">
</div>
<div align="left">
<span data-mce-style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;"><b>Local</b></span><span data-mce-style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">:</span><br />
<span data-mce-style="font-size: small; font-family: arial, helvetica, sans-serif;" style="font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: large;">Instituto de Letras - </span><span data-mce-style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small;" style="font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: large;">Campus Universitário de Ondina</span><br />
<span data-mce-style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;" style="font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: large;"><span data-mce-style="font-size: small;">Av. Rua Barão de Jeremoabo, nº 147, </span></span><span data-mce-style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small;" style="font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: large;">Ondina </span><br />
<span data-mce-style="font-size: small; font-family: arial, helvetica, sans-serif;" style="font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: large;">Salvador-Ba CEP: 40170-290</span></div>
<span data-mce-style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;" style="font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: large;"> <span data-mce-style="font-size: small;">Telefone Geral: 3283-6209</span></span></td>
</tr>
<tr>
<td height="53"><span style="font-size: large;"><br /></span><br />
<span data-mce-style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;"><b>Período</b>:</span><br />
<span data-mce-style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">14 a 16 de Junho de 2012</span></td>
</tr>
<tr>
<td height="98"><div align="justify">
<span style="font-size: large;"><br /></span><br />
<span data-mce-style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;"><b>Público alvo</b>:</span><br />
<span data-mce-style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">Estudantes
de graduação, de pós-graduação, pesquisadores e docentes da área da
Antiguidade Clássica ou pesquisadores e docentes de áreas afins</span></div>
</td>
</tr>
</tbody>
</table>Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-30136198719486596542012-02-11T23:27:00.000-02:002012-02-12T00:50:37.486-02:00Downloads em formato torrent<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-GxsonOW4uLQ/TzcQ_8W0mrI/AAAAAAAABMM/8wnFpzlird0/s1600/torrent.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-GxsonOW4uLQ/TzcQ_8W0mrI/AAAAAAAABMM/8wnFpzlird0/s320/torrent.png" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Prezados colegas da web. Devido a "caça as bruxas" aos dawnloads, o Filocinética fará uma mudança em seus links, passando-os para formato torrent.<br />
<br />
<b>O que é torrent?</b><br />
<div style="text-align: justify;">
Basta baixar o programa e executá-lo como qualquer outro programa que vá instalar no seu computador. No sistema linux, em suas várias distribuições há uma ótima opção, o "transmission" que você pode instalar pelo gerenciador de pacote do synaptic.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pois bem, quem tiver o rwidows (rs) faz o seguinte:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de aberto o programa, clique na aba superior, <b>ARQUIVO</b>
para selecionar o torrent que você quer baixar. Você vai
abrir o arquivo que baixar, e lá irá conter, uma legenda .srt e um
arquivo Torrent .torrent, você arrasta eles para uma pasta, clica em
arquivo no seu Torrent, ache o arquivo, selecione-o e pronto, seu
filme será baixado, poderá fazer isso com vários arquivos ao mesmo
tempo e baixar arquivos simultâneos, além de poder fechar e abrir o
programa quando quiser, o download sempre continua do mesmo ponto, por
se tratar de transferências compartilhadas. E o melhor, sem riscos como o emule. Estarei priorizando filmes antigos, ou novos se tiver tratando de temas de cunho pedagógico ou filosófico. Reintero a ideia de que essa atitude é de cunho educativo, como instrumento de pesquisa e formação intelectual, sou contra a política de baixar filmes para vender. A responsabilidade de baixar o filme e como vai fazer uso dele é de responsabilidade do internauta. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Apoiamos toda a forma de democracia virtual, com responsabilidade e ética, pois, a internet é ainda (não sei por quanto tempo)a ultima fronteira contra as grandes vilãs do mercado.<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Reuters. Por Jeremy Pelofsky</b> - A Electronic Frontier
Foundation pediu a promotores federais e a advogados do serviço de
compartilhamento de dados Megaupload.com, nesta quinta-feira, que
permitam a usuários que fizeram upload de arquivos ao site
recuperá-los, com a condição de que os materiais não sejam protegidos
por direitos autorais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="background-color: white; border: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;">
<br />
<a href="http://www.tecmundo.com.br/internet/18938-grupo-procura-salvar-dados-do-servidor-do-megaupload.htm#ixzz1m7utwYwc" style="color: #003399;"><br /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Fonte:<a href="http://www.tecmundo.com.br/internet/18938-grupo-procura-salvar-dados-do-servidor-do-megaupload.htm">http://www.tecmundo.com.br/internet/18938-grupo-procura-salvar-dados-do-servidor-do-megaupload.htm</a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-30938355442652865002012-02-10T14:45:00.004-02:002012-02-10T14:45:58.727-02:00Curso on-line de cinema e educação.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTGN-bS7d2hiCSdi7qpZwiCpUPvN0J3E0zB_hJBk6mmguqhF17maXsFYsZvkW9Xgv0N6_2tiwvg3N2iF6MlTUKidtRMOXP69xxF635jdg-6-Ojpje5r93-2KRDjIzkH1hJsxBlrc-4vD0/s1600/cinema1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTGN-bS7d2hiCSdi7qpZwiCpUPvN0J3E0zB_hJBk6mmguqhF17maXsFYsZvkW9Xgv0N6_2tiwvg3N2iF6MlTUKidtRMOXP69xxF635jdg-6-Ojpje5r93-2KRDjIzkH1hJsxBlrc-4vD0/s320/cinema1.jpg" width="255" /></a></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Está aberto o curso on-line de cinema e educação ministrado pelo professor Nelson Lopes Rodrigues. O curso se destina a educadores de todas as áreas e que desejam trabalhar com filmes em sala de aula.</span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<span style="font-size: large;">Onde: <a href="http://www.buzzero.com/autores/nelson-rodrigues" id="ctl00_MainContent_tabControlPanel_tabBuzzList_buzzList1_linkBuzzer" target="_blank">http://www.buzzero.com/autores/nelson-rodrigues?a=nelson-rodrigues</a> </span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<span style="font-size: large;">custo: R$ 50,00</span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<span style="font-size: large;">Direito a certificado no final.</span></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span><br />
<br />Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-19424819773534450502012-01-31T00:49:00.001-02:002012-01-31T00:52:21.420-02:00A anormalidade e a sexualidade no cinema Parte I<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-xXwWbfvkHCM/TydStAzWMYI/AAAAAAAABLc/kE_YdW0rFoQ/s1600/O+Lenhador.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-xXwWbfvkHCM/TydStAzWMYI/AAAAAAAABLc/kE_YdW0rFoQ/s1600/O+Lenhador.jpg" /></a></div>
<br />
<span style="color: #f1c232; font-size: large;"><b>o lenhador</b></span><br />
<div style="color: #f1c232;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="color: #f1c232;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="color: #f1c232;">
<style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">Foucault
é um pensador </span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">de</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">
grande influ</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">ê</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">ncia
</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">no
pensamento contemporâneo</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">
no </span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">que
tange</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">
uma investigação acerca da formação do sujeito na história. O
que o autor empreendeu foi problematizar os modos de subjetivação,
para isso, foi necessário criar uma analítica do poder. Como
Nietzsche, Foucault fará uma crítica da relação do
sujeito-consciência da tradição metafísica, </span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">uma
profunda análise dos discursos proferidos e escondidos pela
sociedade a respeito da sexualidade e da anormalidade como uma
crítica à filosofia platônica</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">.
O sujeito o sujeito constituído na história. </span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">O
sexo e os ditos anormais sempre foram contados à ótica na
psiquiatria como fenômenos patológicos, nunca se questionou sobre
os discursos a respeito destes fenômenos. Novamente, a sétima arte
sempre esteve na vanguarda sobre este tema. Na lista, podemos
conferir este tema nas obras de Maladolescenza (</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><i><b>Spielen
wir Liebe</b></i></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
–</span></span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">
1977) dirigido por Pier Giuseppe Murgia e o lenhador </span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">(Woodsman
– 2004). Estes dois filmes ilustram e abordam o tema da sexualidade
e da perversão como formas de subjetividade. A pedofilia no cinema,
assim como a liberdade da sexualidade entre jovens em quase todos os
lugares em nossa sociedade ocidental, pode ser considerada um grande
problema moral. Quando chega um filme como </span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">Maladolescenza
</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">por
exemplo deixa atônito até o mais liberal dos críticos do cinema. A
maioria das pessoas prefere ficar alheia ao assunto, julgando todas
as pessoas simplesmente como "pervertidas" e vendo só uma
perspectiva de cada fenômeno. Não é difícil entender porque o
filme </span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">Maladolescenza</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">
foi proibido nos países, e O lenhador se tornou um fracasso
retumbante nas bilheterias, embora os dois possuem seu público, vou tomar o lenhador como um filme que aborda a questão da anormalidade e como principal tema deste primeira parte do ensaio e deixar o filme Malodolescencia para o final do texto que estará no próximo post .</span></span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">O anormal pode ser tomado aqui como um "tipo" de subjetividade do indivíduo, ou sujeito. </span></span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Para
exercer esse “tipo” ou “tipos” de sujeito Foucault resgata o
termo </span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><i>Poder</i></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">
de Nietzsche mostrando a relação entre mando e sujeição, o
sujeito jurídico-político será produto de relações de poder que
são anônimas e históricas. Esse poder é um poder construtivo,
positivo, algo modal.</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">Assim,
é essa a concepção positiva dos mecanismos do poder e dos efeitos
desse poder que procurei me referir, analisando de que maneira, do
século XVII até o fim do século XIX, tentou-se praticar a
normalização no domínio da sexualidade. (FOUCAULT, p.65, 2002)</span></span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; color: #f1c232; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><a href="http://1.bp.blogspot.com/-6cyEU_wx3yw/TydWk3K2hbI/AAAAAAAABL8/r16z7MARF1M/s1600/lenhador_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-6cyEU_wx3yw/TydWk3K2hbI/AAAAAAAABL8/r16z7MARF1M/s1600/lenhador_01.jpg" /></a></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b>O
Lenhador é um filme que narra a história de Walter que após doze
anos preso por pedofilia, sai em liberdade condicional. Ele então se
refugia numa pequena cidade do interior dos EUA, arruma um novo
emprego e conhece uma garota com quem estabelece um romance. No
entanto, os fantasmas do seu passado o assombra e o persegue. Ele bus
lidar com a sua “doença” e ao mesmo tempo lidar com as pressões
sociais daqueles que esperavam que a qualquer momento Walter fosse
cometer os mesmos erros. Considerado por todos um monstro, ele
precisava estabelecer uma confiança acerca lidar com sua história.
Há uma constante luta de Walter para se tornar uma pessoa “normal”
que para ele era ser capaz “de olhar para menininhas, até
conversar com elas, e não pensar em...” abusar delas. </b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; color: #f1c232; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><a href="http://4.bp.blogspot.com/-VxdEp2YuxIw/TydUBX0PlII/AAAAAAAABLk/vDTKGNRHYIc/s1600/foto-filme-o-lenhador-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-VxdEp2YuxIw/TydUBX0PlII/AAAAAAAABLk/vDTKGNRHYIc/s1600/foto-filme-o-lenhador-2.jpg" /></a></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Neste
texto, que trata da norma e da normalização, temos um certo de lote
de idéias que me parecem histórica e metodologicamente fecundos
(FOUCAULT, p.61, 2002)</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Canguilhen
encontrará </span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">no</span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">
período helênico clássico o começo da </span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">ideia</span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">
de relacionar organismo e sociedade. No entanto, o autor percebe que
a relação organismo-sociedade possui um erro de percepção, há
uma diferença entre o organismo biológico e o organismo social. No
caso do organismo biológico o médico conhece com antecedência o
estado de normalidade em que deve ser restituído. No caso da
sociedade não é fácil nem é possível obter um critério único
de normal.</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b> <span style="font-family: Times New Roman,serif;">a
norma de vida de um organismo é fornecida pelo próprio organismo, e
está contida na sua existência.(CANGUILHEN, p.220) </span></b></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; color: #f1c232; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><a href="http://1.bp.blogspot.com/-3IEKRa9zozc/TydUjG5zU6I/AAAAAAAABLs/EqJ1XkG43o8/s1600/cam.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-3IEKRa9zozc/TydUjG5zU6I/AAAAAAAABLs/EqJ1XkG43o8/s320/cam.jpeg" width="217" /></a></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b>
<span class="st">Georges <i>Canguilhem</i></span></b></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">A
sociedade não possui uma lei interna, as leis são fornecidas </span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><i>a
posteriore</i></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">
a algum evento que exija uma medida legal acerca do fato, ela,
portanto são inventadas. Para os gregos, a sociedade era concebida
como um tipo de organismo, possuía uma saúde própria, há no
organismo uma norma intrínseca. Na obra </span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><i>La
sargesse du corps</i></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">
(sabedoria dos corpos) de Cannon expõe a teoria da homeostase. Esta
palavra significa que o corpo vivo em estado permanente de equilíbrio
controlado. Canguilhen percebe em Cannon o reflexo de uma
identificação dos conceitos jurídicos com os conceitos médicos
que se formaram ma época dos gregos clássicos.</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Em
resumo, quer dizer que a vida orgânica é uma ordem de funções
precárias e ameaçadas, mas constantemente restabelecidas por um
sistema de regulação (CANGUILHEN, p.222, 2002)</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">A
teoria da regulação são do tipo que Claude Bernard denominou de
meio interno. As normas que conservam ou restabelecem a integridade
da forma específica, e prolongam sua ação organizadora na
reparação de certas mutilações classificam-se em três tipos, a
saber, normas de constituição, as normas de funcionamento e as
normas de restituição. Mas essas normas trazem problemas a casos
singulares. Este problema provoca a reflexão sobre o conceito de
norma. Na biologia o conceito de normal exige uma freqüência do
caráter qualificado. Indivíduos de uma mesma espécie, sexo, idade,
peso, mesma estatura corporal, enfim, estes são os caracteres as
quais os seres vivos se apresentam como algo distinto de outro
indivíduo. Mas essa regulação, no entanto, foge do controle em
certos casos, a saber, as mutações, portanto, quando definimos como
normal algo pelo critério de freqüência cria-se um obstáculo na
compreensão. </span></b></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Na
sociedade essa normalização é imposta pelo poder e sua relação
jurídico-médica na constituição da sociedade entendida como
organismo.</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">a
idade clássica também inventou técnicas de poder tais, que o poder
não age por arrecadação, mas por produção e maximização da
produção. Um poder que não age por exclusão, mas sim por inclusão
densa e analítica dos elementos. Um poder que não age pela
separação em grandes massas confusas, mas por distribuição dde
acordo com individualidades diferenciais. Um poder que não é ligado
ao desconhecimento, mas, ao contrario, a toda uma serie de mecanismos
que asseguram a formação, o investimento, a acumulação, o
crescimento do saber. (FOUCAULT, p.60, 2002)</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; color: #f1c232; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><a href="http://3.bp.blogspot.com/-YgGyUgLbOsg/TydUzd1LGGI/AAAAAAAABL0/9dl1L9wjBqE/s1600/foucault1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-YgGyUgLbOsg/TydUzd1LGGI/AAAAAAAABL0/9dl1L9wjBqE/s320/foucault1.jpg" width="295" /></a></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"> Michel Foucault</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Foucault
aponta na história da Grécia clássica onde serão inventadas as
técnicas de poder, uma arte de governar, o governo dos loucos, das
crianças, dos pobres, dos doentes, etc. Essa técnica implica em
“dispositivos”, a organização disciplinar finalizados pela
normatização, essa normalização deriva por sua vez de uma
normatização. </span></b></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Mas
o conceito de normal terá uma concepção popular, ela se naturaliza
a partir de vocabulários de instituições, a saber, as instituições
pedagógicas e as instituições sanitárias. Essa concepção
constituída e identificada na época da revolução francesa e que
no século XIX terá um discurso pronto, acabado. O termo normal
designará no século XIX o protótipo nos ambientes escolares e
hospitalares. As duas exprimem uma exigência de racionalização que
também se manifesta na política, na economia, influenciados por um
maquinismo industrial, que se chamará normalização. </span></b></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">(continua)</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"> Filmografia:</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">Maladolescenza.
</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><i>Spielen
wir Liebe.</i></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
Pier Giuseppe Murgia. </span></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">ITA.
</span></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">1977.
</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">127
minutos.</span></span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">O
lenhador. The </span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">Woodsman</span></span></b><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">
.Nicole Kassell. EUA. 2004. 87minutos.</span></span></b></span></div>
<div style="color: #f1c232;">
<span style="font-size: large;"><b>
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><br /></span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Referências:</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">FOUCAULT,
Michel. </span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Os
anormais: </span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">curso
no Collège de France (1974 – 1975). Tradução: Eduardo Brandão.
São Paulo: Martins Fontes, 2002.</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Times New Roman,serif;">CANGUILHEN,
Georges. </span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">O
normal e o patológico</span><span style="font-family: Times New Roman,serif;">.
6ª Ed. Maria Thereza Redig de Carvalho Barrocas. Rio de Janeiro:
Forense Universitária. 2006.</span></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #f1c232; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="color: #f1c232;">
<span style="font-size: large;"><b>
<span style="font-family: Times New Roman,serif;"><br /></span></b></span></div>
<br />Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-72137648977359669772012-01-22T12:58:00.000-02:002012-01-25T14:54:50.394-02:00O corpo no cinema<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/--JqjrTD10gw/TxweWG4yktI/AAAAAAAABKY/YVcp_84U_T4/s1600/foucault08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/--JqjrTD10gw/TxweWG4yktI/AAAAAAAABKY/YVcp_84U_T4/s320/foucault08.jpg" width="237" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"> M. Foucault</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Michel
Foucault </span><span style="font-size: large;">foi
o primeiro a compreender </span><span style="font-size: large;">o
corpo como expressão de poderes que se </span><span style="font-size: large;">relacionam</span><span style="font-size: large;">
estrategicamente. </span><span style="font-size: large;">Para
o filósofo,</span><span style="font-size: large;">
</span><span style="font-size: large;">o</span><span style="font-size: large;">
corpo é agente e peça dentro de um jogo de forças </span><span style="font-size: large;">e
saberes </span><span style="font-size: large;">presente
em toda a soci</span><span style="font-size: large;">edade</span><span style="font-size: large;">,
que o torna </span><span style="font-size: large;">local</span><span style="font-size: large;">
de </span><span style="font-size: large;">símbolos</span><span style="font-size: large;">
que nele se inscrevem. </span><span style="font-size: large;">Neste
compo de guerra o corpo é sua prova</span><span style="font-size: large;">.
E a alma surge </span><span style="font-size: large;">neste
período</span><span style="font-size: large;">
como instrumento de atuação dos poderes/saberes sobre o corpo, no
processo de constituição do corpo histórico dos sujeitos. </span><span style="font-size: large;">No
cinema, o corpo foi debatido, refletido, mostrado, censurado,
ideologizado, vulgarizado, ocultado, inventado e reinventado
constantemente na telona. Podemos citar vários filmes onde o corpo
toma lugar de protagonista, como </span><span style="font-size: large;"><i>Henry
e June</i></span><span style="font-size: large;">
(1990) de Philip Kaufman; <i>Delta de vénus</i> (1995)
de Zalman King; <b><i><span style="font-weight: normal;">A Cor
Púrpura</span></i></b><b> (</b>1985) de Steven
Spielberg; <b><i><span style="font-weight: normal;">Amigas de
colégio</span></i></b> (1998) de Lukas Moodysson; <b><span style="font-weight: normal;">Amores
e outras catástrofes </span></b><b><span style="font-weight: normal;">(</span></b><span style="font-weight: normal;">1996</span><span style="font-weight: normal;">)
de</span><span style="font-weight: normal;"> Emma Kate Croghan; </span><b><span style="font-weight: normal;">As
Bostonianas</span></b><span style="font-weight: normal;"> (1984</span><span style="font-weight: normal;">)
de</span><span style="font-weight: normal;"> James Ivory; </span><b><span style="font-weight: normal;">As
horas</span></b><span style="font-weight: normal;"> (2002</span><span style="font-weight: normal;">)
de</span><span style="font-weight: normal;"> Stephen Daldry; </span><b><span style="font-weight: normal;">Beleza
Americana </span></b><span style="font-weight: normal;">(1999);
</span><b><span style="font-weight: normal;">Billy Eliot</span></b><span style="font-weight: normal;">
(2000</span><span style="font-weight: normal;">) de</span><span style="font-weight: normal;">
Stephen Daldry; </span><b><span style="font-weight: normal;">Chocolate
</span></b><span style="font-weight: normal;">(2000</span><span style="font-weight: normal;">)
de </span><span style="font-weight: normal;">Lasse Hallström;
</span><b><span style="font-weight: normal;">Delicada atração</span></b><span style="font-weight: normal;">
(</span><span style="font-weight: normal;">1</span><span style="font-weight: normal;">996</span><span style="font-weight: normal;">)
de</span><span style="font-weight: normal;"> Hettie Macdonald.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-caIoSldH1cw/TxwefGNs6zI/AAAAAAAABKg/9g1Z4LeQGVo/s1600/anis+nin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-caIoSldH1cw/TxwefGNs6zI/AAAAAAAABKg/9g1Z4LeQGVo/s1600/anis+nin.jpg" /></a></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Anaïs Nin</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;"> </span><span style="font-weight: normal;">Podemos
ver que a lista é enorme. O corpo sempre foi o verdadeiro palco de
lutas e motivações, e também para a alma, entendida aqui não como
seu conceito metafísico-místico, mas, do entendido em seu aspecto filosófico,
ou seja, alma é entendida como subjetividade, aquilo que diz quem somos
e como nos enxergamos como indivíduos. </span></span><span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Através
do método </span></span><span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">genealogico
que Foucault revelou a importância do estudo da corporeidade no que
nela se manifesta como mais "</span></span><span style="font-size: large;"><i><span style="font-weight: normal;">próximo</span></i></span><span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">",
também denominada de "história efetiva" (nitidamente de
inspiração nietzscheana): "a história efetiva [...] lança
seus olhares ao que está próximo: o corpo, o sistema nervoso, os
alimentos e a digestão, as energias; ela perscruta as decadências"
(Machado, 1979, p. 29). Para Foucault:</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-aDrekrlo4u4/Txwe32Z1bPI/AAAAAAAABKo/hzoS60KbNh8/s1600/beleza+americana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://3.bp.blogspot.com/-aDrekrlo4u4/Txwe32Z1bPI/AAAAAAAABKo/hzoS60KbNh8/s320/beleza+americana.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Filme Beleza Americana 1999</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.23cm;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">O
corpo: superfície de inscrição dos acontecimentos (enquanto que a
linguagem os marca e as ideias os dissolvem), lugar de dissolução
do Eu (que supõe a quimera de uma unidade substancial), volume em
perpétua pulverização. A genealogia (...) está portanto no ponto
de articulação do corpo com a história. Ela deve mostrar o corpo
inteiramente marcado de história e a história arruinando o corpo
(Machado, 1979, p. 22).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.23cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.23cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-alNcev0fUas/TxwfIYhMZHI/AAAAAAAABKw/P8rulaAGacA/s1600/acorwhoopi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="http://3.bp.blogspot.com/-alNcev0fUas/TxwfIYhMZHI/AAAAAAAABKw/P8rulaAGacA/s320/acorwhoopi.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.23cm;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;"> <span style="font-size: small;"> A cor púrpura 1985</span> </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">O
Corpo e alma construídos e embebidos de<i> história</i> através de
mecanismos discursivos, os elementos formadores de subjetividade, de forma que
se torna imprescindível associá-los ao processo de edificação da
própria identidade histórica do indivíduo. Ou seja, é o corpo que
dá a subjetividade e não o contrário como a tradição filosófica
repetiu durante os séculos, esta tradição vem desde a noção de
corpo de Sócrates e do sistema judaico-cristão na sociedade
ocidental. Para Platão, o corpo é algo parecido com um receptáculo
que condena o corpo as mazelas do tempo. A alma, é algo puro, de um
mundo das formas originais. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">O
que Foucault faz (e bem anteriormente Nietzsche) é inverter esta
lógica platônica, não é a alma (<i>psiquê</i>) que domina o
corpo, mas, é o corpo que controla as ações e cria inclusive o EU
subjetivo.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-0RXSmR5aous/Txwfe9x1CCI/AAAAAAAABK4/Xuaj0GZUciA/s1600/billyelliot01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="http://1.bp.blogspot.com/-0RXSmR5aous/Txwfe9x1CCI/AAAAAAAABK4/Xuaj0GZUciA/s320/billyelliot01.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Billy Eliot 2000</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: large;"><i><span style="font-weight: normal;">P</span></i><i><span style="font-weight: normal;">ara
Foucault (1975/1996), a alma moderna é "o correlativo atual de
uma certa tecnologia do poder sobre o corpo" (p.31). </span></i><i><span style="font-weight: normal;">Para
ele</span></i><i><span style="font-weight: normal;">:</span></i></span></div>
<blockquote class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Não
se deveria dizer que a alma é uma ilusão, ou um efeito ideológico,
mas afirmar que ela existe, que tem uma realidade, que é produzida
permanentemente, em torno, na superfície, no interior do corpo pelo
funcionamento de um poder que se exerce sobre os que são punidos –
de uma maneira geral sobre os que são vigiados, treinados e
corrigidos, sobre os loucos, as crianças, os escolares, os
colonizados, sobre os que são fixados a um aparelho de produção e
controlados durante toda a existência. Realidade histórica dessa
alma, que, diferentemente da alma representada pela teologia cristã,
não nasce faltosa e merecedora de castigo, mas nasce antes de
procedimentos de punição, de vigilãncia, de castigo e de coação.
Esta alma real e incorpórea não é absolutamente substãncia; é o
elemento onde se articulam os efeitos de um certo tipo de poder e a
referência de um saber, a engrenagem pela qual as relações de
poder dão lugar a um saber possível, e o saber reconduz e reforça
os efeitos de poder. Sobre essa realidade-referência, vários
conceitos foram construídos e campos de análise foram demarcados:
psique, subjetividade, personalidade, consciência, etc.; sobre ela
técnicas e discursos científicos foram edificados; a partir dela,
valorizaram-se as reivindicações morais do
humanismo. Mas não devemos nos enganar: a alma, ilusão dos
teólogos, não foi substituída por um homem real, objeto de saber,
de reflexão filosófica ou de intervenção técnica. O homem de que
nos falam e que nos convidam a liberar já é em si mesmo o efeito de
uma sujeição bem mais profunda que ele. Uma alma o habita e o leva
à existência, que é ela mesma uma peça no domínio exercido pelo
poder sobre o corpo. A alma, efeito e instrumento de uma anatomia
política; a alma, prisão do corpo. (p.31-32)</span></blockquote>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6jUE-YPtgls/TxwgVRuo6LI/AAAAAAAABLA/gsLbRZ41y9E/s1600/Amigas-de-Col%25C3%25A9gio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://2.bp.blogspot.com/-6jUE-YPtgls/TxwgVRuo6LI/AAAAAAAABLA/gsLbRZ41y9E/s400/Amigas-de-Col%25C3%25A9gio.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Amigas de colégio 1998</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: large;">Ou
seja, a alma é entendida aqui como uma produção
sócio-histórica-cultural, através do desenvolvimento de uma série
de discursos e práticas de subjugação do corpo. É adesiva aos
corpos e comportamentos, mas enquanto realidade histórico-discursiva. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: large;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-35ciN2iTglI/Txwipt1DSZI/AAAAAAAABLI/iiOq2wGP42o/s1600/chocolate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-35ciN2iTglI/Txwipt1DSZI/AAAAAAAABLI/iiOq2wGP42o/s320/chocolate.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
Chocolate 1998</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: large;"> </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: large;">Assim
como na filosofia, no cinema, o corpo foi entendido sob diversas
formas e análises semiológicas conforme as mudanças
histórico-filosóficas, de uma certa forma, o cinema também foi
veículo e prática de modos de subjetivação da sociedade. Podemos
verificar com os filmes acima citados, cada diretor filmou um
determinado conceito de corpo, do sexo, da sensualidade, das
perversões (no contexto psicanalítico), das mudanças de paradigma,
enfim, o cinema também foi ator e espectador parcial destes saberes.
Por exemplo, no filme Henry e June podemos ver as descobertas de
Anaïs nin sobre o seu corpo e da sexualidade; em <b><span style="font-weight: normal;">Beleza
Americana aborda a</span></b> relação conjugal, o gênero e a
sexualidade no conflito de gerações e a homofobia. </span>
<style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: large;">Enfim,
o cinema foi um veículo de extrema necessidade e importância para o
modo como vemos e descobrimos o nosso corpo, e como estes saberes
contribuem para uma construção da nossa subjetividade.</span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">Filmografia:</span><br />
<b>A Cor Púrpura. </b>EUA, 1985, Steven Spielberg. <br />
<b></b><br />
<b>Amigas de colégio</b>. Suécia, 1998, Lukas Moodysson. </div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<b></b><br />
<b>As Bostonianas</b>. Inglaterra, 1984, James Ivory. <br />
<b>As horas</b>. EUA, 2002, Stephen Daldry. <br />
<b>Beleza Americana. </b>EUA, 1999, Sam Mendes.<br />
<b>Billy Eliot</b>. Reino Unido, 2000, Stephen Daldry.<br />
<b>Chocolate. </b>EUA, 2000, Lasse Hallström .<br />
<br />
<b>Referências:</b><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;">Foucault, M. (1988). <b><i>História da sexualidade I: A vontade de saber</i></b>.
(11a ed., M. T. da Costa Albuquerque & J. A. Guilhon Albuquerque,
trads.). Rio de Janeiro: Graal. </span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;">Foucault, M.<b> </b>(1995).<b> <i>As palavras e as coisas</i></b>. (7a ed., S. T. Muchail, trad.). São Paulo: Martins Fontes.</span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;">Foucault, M.<b> </b>(1996).<b> <i>Vigiar e punir: Nascimento da prisão.</i></b> (14a ed., L. M. Pondé Vassallo, trad.). Petrópolis, RJ: Vozes. </span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;">Foucault, M. (2000). <b><i>A ordem do discurso</i></b>. 6a ed., L. F. de A. Sampaio, trad. São Paulo: Loyola. </span><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;">Machado, R. (Org.). (1979).<b> <i>Microfísica do poder</i></b>. Rio de Janeiro: Graal. </span><br />
SILVEIRA, Fernando de Almeida; FURLAN, Reinaldo.
Corpo e Alma em Foucault: Postulados para uma Metodologia da Psicologia.<b> Psicol. USP</b>,
São Paulo,
v. 14,
n. 3,
2003
.
Available from
<http: scielo.php?script="sci_arttext&pid=S0103-65642003000300012&lng=en&nrm=iso" www.scielo.br="">.
access on
22
Jan.
2012.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65642003000300012.<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"> </span></http:></div>Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-31017077248959622302012-01-08T17:41:00.001-02:002012-01-08T17:45:27.642-02:00Bergman e a existência de Deus<style type="text/css">
td p { margin-bottom: 0cm; }p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-JGC9t72jWMY/Twnw0897JdI/AAAAAAAABKA/QgRiFbQLulw/s1600/winterlightcriterion.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-JGC9t72jWMY/Twnw0897JdI/AAAAAAAABKA/QgRiFbQLulw/s400/winterlightcriterion.jpg" width="283" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<b><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">Luz
de Inverno (Nattvardsgästerna, 1963)</span></i></span></b><b><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
é um</span></span></b><span style="font-size: small;">
filme de 1962, segunda e melhor parte da “Trilogia do silêncio”
(embora o diretor não aceite a ideia de trilogia). Bergman baseou-se
no clássico </span><b><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">Diário
de um Pároco de Aldeia</span></i></span></b><span style="font-size: small;">,
de Robert Bresson. O filme tem como objetivo questionar o silêncio
de Deus frente a ameaça atômica? Talvez,</span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">
</span></span><b><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">Luz
de inverno</span></i></span></b><span style="font-size: small;">
fala da perda da fé, mas também de uma certa melancolia adquirida
por todos que experimentaram sentimentos de uma ameaça nuclear. Não
só os fiéis sofrem com as hesitações do pároco descrente: sua
amante também é massacrada com a desilusão da autoridade religiosa
local, homem distante, incapaz de amar. Ela diz ao amante: “Nunca
acreditei na sua fé, sempre a achei neurótica e obscurantista”. O
pastor (Thomas) se sente culpado pelo suicídio de um humilde
pescador, dilacerado pelo medo da guerra nuclear então em curso no
mundo. A melancolia se encontra como um discurso na obra, denunciando
e acusando ao mesmo tempo. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-WlE_MVh_E1I/Twnw-OC_D5I/AAAAAAAABKI/8DZhLpmU62s/s1600/horiz_luzInverno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-WlE_MVh_E1I/Twnw-OC_D5I/AAAAAAAABKI/8DZhLpmU62s/s1600/horiz_luzInverno.jpg" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<span style="font-size: small;"> O filme se encontra no contexto da guerra
fria, em 1962, em plena crise internacional política,</span><i><span style="font-size: small;">
</span></i><i><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">o
filme</span></span></i><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
</span></span><span style="font-size: small;">chegava
às telas anunciando uma crise de fé entre um pescador oriundo das
silenciosas cidades do norte da Europa e atônito por saber entre os
noticiários que a China possuía uma bomba atômica e o pastor que
igualmente, está em crise moral com seu ofício. Quase todo o filme
se passa no interior da igreja que cria uma sensação de isolamento
e penitência. Quando se sai dessa atmosfera isolada não é para
espaços abertos alegres e sim para acompanhar o pastor que se dirige
para lá das Colinas onde o pescador se matou. O que podemos ouvir é
apenas o barulho das águas. Esse momento de isolamento atinge o
protagonista de forma que questionar a existência de Deus é quase
um imperativo existencial para o protagonista. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-22bNWjPrT5A/TwnxD5tzkzI/AAAAAAAABKQ/o0_0rnqyPdc/s1600/Capturadeecr-2010-06-08003529.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-22bNWjPrT5A/TwnxD5tzkzI/AAAAAAAABKQ/o0_0rnqyPdc/s1600/Capturadeecr-2010-06-08003529.png" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<span style="font-size: small;"> O filme tem semelhança
com o filme Offret (o sacrifício – 1986 ) de Tarkovski, onde a
ameaça de uma guerra põe em cheque a esperança do homem frente as
descobertas da energia atômica. A crise que o Thomas sente somente
ocorre porque ele acredita na existência de uma essência eterna e
bondosa (Deus) anterior à sua própria existência. O homem, como o
protagonista cria a ilusão de Deus para explicar a sua existência e
quando tenta aplicá-la ao mundo, certifica-se do seu erro e entra em
crise. Para ele, Deus está silencioso. </span>A personagem
Märta, que compartilha a maioria das cenas do filme com Thomas
parece consciente de sua condição existencial. Ela dirige-se a
Thomas e diz<i>: - Deus nunca falou, pois Deus não existe. Só
isso.</i> O conteúdo de uma carta de Marta dirigida a Thomas
reforça a ideia. Na carta ela menciona que não acredita na fé de
Thomas. Ela nunca passara por aflições religiosas porque foi criada
numa família em que os preceitos eram o carinho, amor e amizade.
Deus e Jesus sempre lhe foram noções superficiais e sem sentido. É
nessa concepção de divindade que o diretor nos evidência em
primeira mão. E é nessa contradição entre o ideal de uma força
divina e consciente e a realidade dura e crua que o homem vive que o
diretor aponta uma alternativa para uma convivência mais humanizada.
Luz de inverno é u<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">m
dos filmes mais tensos da sua carreira, a obra toca temas
existenciais, como fé, medo, vida e morte. Os diálogos ganham as
interpretações irrepreensíveis de Gunnar Bjornstrand, Ingrid
Thulin e Max Von Sydow, cuja densidade é suavizada pela bela
fotografia de Sven Nykvist.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0.5cm;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">Texto dedicado ao amigo Tarcísio. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">Filmografia:</span></span><br />
<b><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">Luz
de Inverno. Nattvardsgästerna</span></i></span></b><b><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">. Ingmar Bergman. Suécia. 1963. 81 minutos.</span></i></span></b></div>Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-91272474351194236242011-12-30T12:08:00.002-02:002011-12-30T22:31:28.343-02:004ª edição Selo Ingmar Bergman<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-TaXPwEmoedc/Tv3FwvWxQEI/AAAAAAAABIo/F_4bzW8WJd8/s1600/selo+ingmar+bergman.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-TaXPwEmoedc/Tv3FwvWxQEI/AAAAAAAABIo/F_4bzW8WJd8/s320/selo+ingmar+bergman.png" width="249" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Do editorial</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesta quarta edicação tivemos 3 blogs que receberam o selo Ingmar Bergman. Parabéns aos blogueiros e cinéfilos. Quero agradecer primeiramente ao amigo, parceiro, historiador e cinéfilo Luiz Santiago que conduziu sozinho a escolha dos blogs nesta edição, sua esmerada analise dos blogs foi essenscial para a continuação do projeto. Luiz meu amigo, um abraço na alma!<br />
Este ano foi muito difícil para mim, meu filho que nasceu em abril, o trabalho, e a carreira acadêmica neste ano foram muito extenuantes para mim. Por um lado foi ruim, pois não consegui escrever muito no filocinética, pois adoro escrever sobre cinema, conhecer outros blogs e ouvir outros críticos de cinema, o que não foi possível de forma plenamente satisfatória. Entretanto, foi positivo este intervalo "forçado" das atividades de ensaista, pois me dediquei a outra forma de aprendizagem, a pesquisa. Este ano foi possível participar do Seminário de letras SEPESQ na UFBA com o trabalho sobre Elektra de Cacoyannis ver site <a href="http://www.sepesq2011.ufba.br/">http://www.sepesq2011.ufba.br/</a>. De fato, este ano foi um ano de leituras e pesquisas, o que me deu mais embasamento teórico sobre a linguagem cinematográfica, revi as teorias sobre montagem de Eisenstein, o cinema mudo, o Cahiers du cinèma, as teorias filosóficas de Andre Bazin e as suas noções de fotografia, e tive a oportunidade de rever alguns clássicos dos anos 80. Entre os livros, tive as condções necessárias de ler Teorias do cinema de Andrew Tudor, a significação no cinema de Christian Metz, e Lacrimae rerum de Zizek, todos estes materiais me ajudaram muito para compreender com mais profundidade as teorias e dificuldades em falar e escrever sobre o cinema.<br />
Houve mudanças de layout do blog e mudanças nas postagens referentes a metarial filmográfico, pois muitos leitores e professores me pediam links para poder ver os filmes e assim poder trabalhar em sala de aula. Também criei um curso online sobre cinema e educação para aqueles que desejam aprender a trabalhar disciplina-filme com seus alunos em sala de aula ver <a href="http://www.buzzero.com/autores/nelson-rodrigues" id="ctl00_MainContent_tabControlPanel_tabBuzzList_buzzList1_linkBuzzer" target="_blank">http://www.buzzero.com/autores/nelson-rodrigues?a=nelson-rodrigues</a>. Enfim, a falta de um aspecto deu abertura para outro, de certa forma não parei de falar ou escrever sobre cinema.</div>
<div style="text-align: justify;">
O filocinética continuará no ano de 2012, com mais ensaios e discussões sobre a sétima arte e a filosofia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desejo a todos os amigos, parceiros e cinéfilos um excelente ano de 2012 com novas conquistas e alegrias!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Merecedores do selo Ingmar Bergman de 2011:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman';"><span style="font-family: Arial,sans-serif;">Bastidores</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman';"><span style="font-family: Arial,sans-serif;"> Cinema de Gaveta</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman';"><span style="font-family: Arial,sans-serif;">Literatura e Cinema.</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman';"><span style="font-family: Arial,sans-serif;">Parabéns ao blogueiros. </span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-89154199698344971682011-10-29T10:06:00.002-02:002011-10-29T10:09:28.573-02:00O cinema dos matemáticos<div style="text-align: justify;"><style type="text/css">
<!--
@page { margin: 2cm }
P { margin-bottom: 0.21cm }
-->
</style></div><style type="text/css">
<!--
@page { margin: 2cm }
P { margin-bottom: 0.21cm }
-->
</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-size: small;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif;">O quanto de cinéfilos há nos matemáticos e o quanto de matemática há nos filmes? A história do cinema nos remete a muitos exemplos em que as interrogações do universo das ciências exatas se apresentem como respostas a perguntas não solucionadas pelo homem. </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-size: small;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif;">O estudo da matemática começa na Grécia, século VI antes a.C. com os pitagóricos, os quais cunharam o termo "matemática" a partir do termo <i>μάθημα</i> (<i>mathema</i>) do grego antigo, significando, então, "tema do esclarecimento". Este grupo foi criado <span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Pitágoras</span></span> de Samos, foi um filósofo e matemático grego de 571 a.C. e 570 a.C. e morreu em Metaponto entre cerca de 497 a.C. ou 496 a.C. A sua biografia está envolta em lendas. Teve como sua principal mestra, a filósofa e matemática <i>Temstocléia</i>.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-2HfT6tZknFQ/TqvqQeOc9xI/AAAAAAAABG4/YlJgdqZEfSs/s1600/tales.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-2HfT6tZknFQ/TqvqQeOc9xI/AAAAAAAABG4/YlJgdqZEfSs/s1600/tales.jpeg" /></a></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-size: small;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif;">A matemática chinesa fez contribuições já muito cedo, incluindo o sistema de notação posicional. O sistema numérico indo-arábico e as regras para o uso de suas operações, atualmente em uso no mundo todo, foi provavelmente desenvolvido em torno da virada do primeiro milênio d.C. na Índia e transmitido ao Ocidente através da matemática islâmica. A matemática islâmica, por sua vez, desenvolveu e expandiu a matemática conhecida destas civilizações. Muitos textos gregos e árabes sobre matemática foram então traduzidos ao latim, o que contribuiu com o desenvolvimento da matemática na Europa medieval. A própria filosofia surge concomitante com as descobertas matemáticas com Tales de Mileto. E não podemos esquecer da India que contribuiu com a descoberta do zero. E o cinema não ficou de fora dessa história da matemática, já que sua invenção faz parte desta história também. </span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-dtatJMzrTFY/TqvqYm9lYVI/AAAAAAAABHA/3vQv6oZI-0A/s1600/Image-Al-Kit%25C4%2581b_al-mu%25E1%25B8%25ABta%25E1%25B9%25A3ar_f%25C4%25AB_%25E1%25B8%25A5is%25C4%2581b_al-%25C4%259Fabr_wa-l-muq%25C4%2581bala.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-dtatJMzrTFY/TqvqYm9lYVI/AAAAAAAABHA/3vQv6oZI-0A/s320/Image-Al-Kit%25C4%2581b_al-mu%25E1%25B8%25ABta%25E1%25B9%25A3ar_f%25C4%25AB_%25E1%25B8%25A5is%25C4%2581b_al-%25C4%259Fabr_wa-l-muq%25C4%2581bala.jpg" width="202" /></a></span></div><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<style type="text/css">
<!--
@page { margin: 2cm }
P { margin-bottom: 0.21cm }
-->
</style> </div><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: small;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif;"><i>Compêndio sobre Cálculo por Completude e Balanço</i></span></span><span style="color: black; font-size: small;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif;"> de Muhammad ibn Mūsā al-Khwārizmī (cerca de 820 d.C.)</span></span></div><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-CpFGfA140tE/TqvqgF7sf5I/AAAAAAAABHI/uJhEmmSGcJo/s1600/480px-Egyptian_A%2527h-mos%25C3%25A8_or_Rhind_Papyrus_%25281065x1330%2529.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-CpFGfA140tE/TqvqgF7sf5I/AAAAAAAABHI/uJhEmmSGcJo/s320/480px-Egyptian_A%2527h-mos%25C3%25A8_or_Rhind_Papyrus_%25281065x1330%2529.png" width="256" /></a></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"> </span><style type="text/css">
<!--
@page { margin: 2cm }
P { margin-bottom: 0.21cm }
-->
</style> </div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="color: black; font-size: small;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif;">Papiro de Rhind do Antigo Egipto, cerca de 1.650 a.C.</span></span></div><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-size: small;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif;"> </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;"><span style="color: black;">Dentre os muitos filmes que representou esse universo matemático podemos destacar: </span><span style="color: black;"><i>PI</i></span><span style="color: black;"> de Darren Aronofsky de 1998 que nota a história de uma excêntrico matemático judeu que procura pelo nome de Deus através dos números</span><span style="color: black;">. Temos </span><span style="color: black;"><i>Gênio indomável</i></span><span style="color: black;"> de Gus Van Sant de 1997 que narra a vida de um jovem (Matt Damon) rebeldem e que trabalha como servente de uma universidade, este revela-se um gênio em matemática e, por determinação legal, precisa fazer terapia, mas nada funciona, pois ele debocha de todos os analistas, até se identificar com um deles (Robim Williams). Um outro filme bem mais profundo e interessante é o Enigma de Fermat de Luis Piedrahita e Rodrigo Sopeña de 2007, neste filme, q</span>uatro matemáticos que não se conhecem, são convidados por um misterioso anfitrião denominado <span style="font-style: normal;">Fermat</span>, para comparecer a um encontro em um lugar ignorado, sobre o pretexto de decifrar um grande enigma. Uma vez ali, os quatro descobrirão que suas vidas estão em risco, e que o enigma a desvendar será como sobreviver a uma engenhosa armadilha.<span style="color: black;"> Outro filme é </span><span style="color: black;"><i>Enigma</i></span><span style="color: black;"> de Michael Apted de 2001quipe de elite dos decodificadores da Inglaterra tem uma responsabilidade de decifrar o Enigma, um código utilizado pelos nazistas para enviar mensagens aos seus submarinos. Mas entre tantas biografias, o filme </span><span style="color: black;"><i>Uma mente brilhante</i></span><span style="color: black;"> de Ron Howard de 2001 me parece o melhor, por ser histórico, por falar de um ser humano que lutou contra a doença mental, e ao mesmo tempo fez relevantes descobertas matemáticas. </span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-X1xYhOMx1zs/TqvrU2ZEZ8I/AAAAAAAABHQ/cqi9n2ZKLn8/s1600/nash.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-X1xYhOMx1zs/TqvrU2ZEZ8I/AAAAAAAABHQ/cqi9n2ZKLn8/s1600/nash.jpeg" /></a></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;"><span style="color: black;">Dr. John Nash</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-5YrXiUgxwhk/TqvrnFdV16I/AAAAAAAABHY/mvK3pvUse4k/s1600/mente.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-5YrXiUgxwhk/TqvrnFdV16I/AAAAAAAABHY/mvK3pvUse4k/s1600/mente.jpeg" /></a></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Cena do filme Uma mente brilhante.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;"><b><span style="color: black;">A vida de Nash</span></b></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;"><span style="color: black;">Nash já mostrava ser solitário e introvertido, preferindo os livros a brincar com com outras crianças. Na escola, os professores não reconheciam Nash como um prodígio. Consideravam-no como uma criança extremamente anti-social. Aos doze anos, cada vez mais isolado, Nash refugiava-se no seu quarto, dedicando-se a fazer experiências científicas com as quais aprendia mais do que na escola. Por volta dos 14 anos de idade surgiu o seu interesse pela matemática, quando leu a obra “Men of Mathematics” (1937), de T. Bell. Nessa época, conseguiu provar para si mesmo alguns resultados de Fermat. Em 1941, ingressou na Universidade de </span><span style="color: black;"><i>Bluefield</i></span><span style="color: black;"> onde demonstrou e desenvolveu as suas capacidades matemáticas. Os colegas olhavam-no como um estranho, uma pessoa difícil de entender. Um episódio trágico veio agravar ainda mais o isolamento de Nash: numa explosão causada por uma experiência química levada a cabo por Nash e um colega seu foi mortalmente atingido. Em Junho de 1945, Nash ingressou na prestigiosa Universidade de </span><span style="color: black;"><i>Carnegie Mellon</i></span><span style="color: black;"> onde lhe foi oferecida uma bolsa de estudos. Iniciou a sua carreira universitária estudando química e depois matemática. Em 1948, foi aceito no programa de doutoramento em matemática em duas das mais famosas universidades dos Estados Unidos: </span><span style="color: black;"><i>Harvard</i></span><span style="color: black;"> e </span><span style="color: black;"><i>Princeton</i></span><span style="color: black;">. A sua escolha recaiu sobre </span><span style="color: black;"><i>Princeton</i></span><span style="color: black;">. Aí demonstrou interesse por vários campos da matemática pura: Topologia, Geometria Álgebra, Teoria do Jogo e lógica. Mas, mesmo em Princeton, Nash evitava comparecer às palestras e aulas. Aprendia sozinho, sem a ajuda de professores ou mesmo de livros. Ainda antes de acabar o curso provou o teorema do ponto fixo de </span><span style="color: black;"><i>Brouwer</i></span><span style="color: black;">. Algum tempo depois resolveu um dos enigmas de Riemann que mais perplexidade causava. Em 1949, aos 21 anos, Nash, escreveu uma Tese de doutoramento que, 45 anos mais tarde, lhe daria o Prémio Nobel de Economia. O trabalho, conhecido como o "Equilibrio de Nash" (Non-cooperative games). Em 1950, Nash começa a trabalhar para a RAND Corporation, instituição esta que canalizava fundos do governo dos Estados Unidos para estudos científicos relacionados com a guerra fria. Nash aplicou os seus recentes avanços na teoria dos jogos para analisar estratégias diplomáticas e militares. Um ano depois, em 1951, Nash foi convidado para professor de matemática do MIT onde trabalhou até 1959. No decorrer da sua estadia no MIT, os problemas psíquicos começaram a agravar-se. Apesar do seu frágil equilíbrio psíquico, em 1953, teve um filho com Eleanor Stier a quem foi dado o nome de John David Stier. No entanto, contra a vontade de Eleanor, Nash nunca se casou. No verão de 1954, Nash foi detido pela policia numa operação de perseguição a homossexuais. Como consequência foi expulso da RAND Corporation. Em 1958, começa a sofrer de esquizofrenia. Nash teve que desistir do posto de professor no MIT e foi hospitalizado contra a sua vontade. A situação era extremamente irregular. Nash recuperava temporariamente, mas logo depois voltava a sofrer distúrbios mentais. Nos breves intervalos da sua recuperação, produzia importantes trabalhos matemáticos. Em 1990, conseguiu recuperar da doença. Em 1994 recebe, juntamente com John C. Harsanyi e Reinhard Selten, o Prémio Nobel da Economia pelo seu trabalho na Teoria dos Jogos (</span><span style="color: black;"><i>Theory of Non-cooperative Games</i></span><span style="color: black;">). Outro filme que marcou foi Ágora de Alejandro Amenábar de 2009, neste filme conta a história da primeira matemática e filósofa da antiguidade, Hipatia (Raquel Weisz), O filme mostra como a professora de Alexandria, no Egito entre os anos 355 e 415 da nossa era se dedicou ao ensinamento da filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. O filme mostra um período de grande turbulência, pois Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante. Hipátia era filha de Téon, um renomado filósofo, astrônomo, matemático, autor de diversas obras e professor em Alexandria.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-TPWUSS3U-XM/Tqvr5N-ezdI/AAAAAAAABHg/kCxaElOgP4Y/s1600/200px-Hypatia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-TPWUSS3U-XM/Tqvr5N-ezdI/AAAAAAAABHg/kCxaElOgP4Y/s1600/200px-Hypatia.jpg" /></a></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b>Hipátia</b></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;"><b>Hipatia</b></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">Criada em um ambiente de ideias e filosofia, tinha uma forte ligação com o pai, que lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido. Diz-se que ela, sob tutela e orientação paternas, submetia-se a uma rigorosa disciplina física, para atingir o ideal helênico de ter a mente sã em um corpo são. Hipátia estudou na Academia de Alexandria, onde devorava conhecimento: matemática, astronomia, filosofia, religião, poesia e artes. A oratória e a retórica também não foram descuidadas. Acredita-se que estudou na Academia Neoplatônica, onde se destacou pelos esforços para unificar a matemática de Diofanto com o neoplatonismo de Amónio Sacas e Plotino, isto é, aplicando o raciocínio matemático ao conceito neoplatônico do <i>Uno</i> (mônada das mônadas). Ao retornar, é nomeada professora na Academia de Alexandria onde fizera a maior parte dos estudos, ocupando a cadeira que fora de Plotino. Aos 30 anos já era diretora da Academia. Um dos seus alunos foi o notável filósofo e bispo Sinésio de Cirene (370 - 413), que lhe escrevia frequentemente, pedindo-lhe conselhos. Através destas cartas, sabemos que Hipátia desenvolveu alguns instrumentos usados na Física e na Astronomia, entre os quais o hidrômetro. Sabemos também que desenvolveu estudos e escreveu um tratado sobre a Álgebra de Diofanto ("Sobre o Cânon Astronômico de Diofanto"), e escreveu comentários sobre os matemáticos clássicos, incluindo Ptolomeu. Em parceria com o pai, escreveu um tratado sobre Euclides. Ficou famosa por ser uma grande solucionadora de problemas. Matemáticos confusos, com algum problema em especial, escreviam-lhe pedindo uma solução. E ela raramente os desapontava. Obcecada pelo processo de demonstração lógica, quando lhe perguntavam porque jamais se casara, respondia que já era casada com a verdade. Morreu brutalmente assassinada, De acordo com o relato de Sócrates, o Escolástico, numa tarde de março de 415, quando regressava do Museu, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por conchas de ostras (ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, o corpo foi lançado a uma fogueira. (Esta era a forma cristã de punir os pensadores!). </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span></div><dl style="color: black;"><dl><dl><dl><dd class="western" style="margin-bottom: 0.5cm; margin-left: 1.04cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;"><i>"Meu coração deseja a presença de vosso divino espírito que mais do que tudo poderia adoçar minha amarga sorte. Oh minha mãe, minha irmã, mestre e benfeitora minha! Minha alma está triste. Mata-me a lembrança de meus filhos perdidos… Quando receber notícias tuas e souber, como espero, que estás mais feliz do que eu, aliviar-se-ão pelo menos a metade de minhas dores".</i> </span> </dd></dl></dl></dl></dl><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">Trecho de uma carta de Sinésio de Cirene , aluno de Hipátia. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">O cinema que sempre anda concomitante com a sociedade também se envolve com suas descobertas e afecções. E sempre estará representando as suas descobertas científicas, demostrando sempre interesse pelos pioneiros da verdade. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">Texto dedicado aos matemáticos Anatoliy Skorokhod, (10 de setembro de 1930 - 3 de janeiro de 2011), e John Nash (13 de Junho de 1928 ).</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">Filmografia:</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">Ágora. Alejandro Amenábar. Espanha. 2009. 127 mim.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">Enigma. Michael Apted. EUA. 2001. 108 mim.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">Gênio indomável. Gus Van Sant. EUA.1997. 126 mim.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">Uma mente brilhante. Ron Howard. EUA. 2001. 135 min</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: black;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="color: black; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">Referências;</span></div><div class="western" style="color: black; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_matem%C3%A1tica. Acessao em 29 out. 2011.</span></div><div class="western" style="color: black; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">http://www.somatematica.com.br/biograf/nash.php. Acessado em 29 out. 2011.</span></div><div class="western" style="color: black; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Liberation Serif,serif; font-size: small;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%A1tia. Acessado em 29 out. 2011.</span></div><div class="western" style="color: black; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western"><div style="color: black;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div>Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5119523102691903305.post-783165177772694642011-09-28T17:18:00.001-03:002011-09-28T19:24:35.355-03:00Siddartha e a filosofia de Schopenhauer<style type="text/css">
<!--
@page { margin: 2cm }
P { margin-bottom: 0.21cm }
-->
</style> <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-JwV4WVKW0IAui3sDNFcqsSX__IulcJNlY0yBSFK8y5GyszyVeK8_GJ4BOzaxI_PtNjtGMbQmJ7zSZwWoYSZPN13yTc9uUI_nUHcwPOJN2rKpWXt-IxtFR4yEWS1Q4dgjtTpbfhAl3H0/s1600/51IIh5tS6GL._SL500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-JwV4WVKW0IAui3sDNFcqsSX__IulcJNlY0yBSFK8y5GyszyVeK8_GJ4BOzaxI_PtNjtGMbQmJ7zSZwWoYSZPN13yTc9uUI_nUHcwPOJN2rKpWXt-IxtFR4yEWS1Q4dgjtTpbfhAl3H0/s400/51IIh5tS6GL._SL500.jpg" width="278" /></a></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-weight: normal;"> By <b>Nelson Rodrigues</b></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-weight: normal;">Hermann Hesse foi um escritor e poeta alemão. Ganhador do prêmio nobel de literatura. Seus trabalhos mais conhecidos incluem O lobo da estepe (</span><i><span style="font-weight: normal;">Steppenwolf)</span></i><span style="font-weight: normal;"> , </span><i><span style="font-weight: normal;">Siddhartha</span></i><span style="font-weight: normal;"> , e </span><i><span style="font-weight: normal;">Magister Ludi,</span></i><span style="font-weight: normal;"> cada uma das quais explora busca de um indivíduo de autentico, auto-conhecimento e a experiência mística. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-VZmhmi2qQfQ/ToN-0KI6MTI/AAAAAAAABGI/TaSXFCyg0v0/s1600/hesse.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-VZmhmi2qQfQ/ToN-0KI6MTI/AAAAAAAABGI/TaSXFCyg0v0/s1600/hesse.jpeg" /></a></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;">Hesse</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-weight: normal;">A transcodificação do texto-matriz para o cinema se deu em 1972 e dirigido por </span>Conrad Rooks. O filme se ambienta no século III antes de Cristo, o jovem da casta brâmane Siddartha deixa a casa do pai. Tem apenas 18 anos e busca a essência e explicação das coisas do mundo, o estado eterno de paz e equilíbrio, torna-se um asceta. Por anos, torna-se asceta a discípulo de Buda.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-kVeWXrVlPe4/ToN_PBmByrI/AAAAAAAABGM/xMurOt_tHVM/s1600/s10.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-kVeWXrVlPe4/ToN_PBmByrI/AAAAAAAABGM/xMurOt_tHVM/s1600/s10.jpeg" /></a></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Depois, cansa-se desta vida de jejuns, cânticos e total despojamento e parte para o mundo. São várias as questões que envolvem o filme. Desde os conceitos de liberdade, essência e vontade. Depois de suas viagens ao oriente e a as leituras de filósofos como Nietzsche e Schopenhauer começa sua literatura de fundo místico-filosófico. Em 1904, no entanto, Arthur Schopenhauer e suas ideias filosóficas começou a receber atenção de novo e Hesse descobre a teosofia. O que culmina na publicação do <i>Siddhartha</i> (1922). </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-G0Axpn-A_EA/ToN_vdc1oUI/AAAAAAAABGU/oSesLcqqZ70/s1600/s5" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="http://3.bp.blogspot.com/-G0Axpn-A_EA/ToN_vdc1oUI/AAAAAAAABGU/oSesLcqqZ70/s320/s5" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-L4dGGAFyOVI/ToN_zn2CAxI/AAAAAAAABGY/P3hd1svVIVc/s1600/s4" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="http://2.bp.blogspot.com/-L4dGGAFyOVI/ToN_zn2CAxI/AAAAAAAABGY/P3hd1svVIVc/s320/s4" width="320" /></a></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-K8M1mL_NBbA/ToOAEmAQkeI/AAAAAAAABGc/Q1ivEALeZTg/s1600/s6" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="134" src="http://1.bp.blogspot.com/-K8M1mL_NBbA/ToOAEmAQkeI/AAAAAAAABGc/Q1ivEALeZTg/s320/s6" width="320" /></a></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">No filme Siddartha podemos perceber os mesmos questionamentos que a obra matriz. Temos a procura de um personagem pelo auto-conhecimento e essência das coisas do mundo. Devemos entender que não se trata de uma biografia do fundador do budismo Siddartha Gautama. Siddartha é um personagem fictício criado por Hesse para divulgar suas ideias de mundo. Tanto que o personagem fica um tempo aprendendo com o fundador do budismo mas percebe que ainda não é o que procura, e não irá seguir outros mestres, Siddartha quer seguir seu próprio caminho espiritual.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-5Gf4iEzrnN4/ToN_bAB_9jI/AAAAAAAABGQ/aZhNf1-I6AM/s1600/s9.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-5Gf4iEzrnN4/ToN_bAB_9jI/AAAAAAAABGQ/aZhNf1-I6AM/s1600/s9.jpeg" /></a></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;">Schopenhauer</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Dois pontos importantes podem se discutidos a partir da filosofia schopenhaueriana e da tradição budista, a questão da vontade e da liberdade. <span style="font-weight: normal;">Arthur Schopenhauer</span> nasce em Danzig, 22 de Fevereiro 1788 e morre em Frankfurt, 21 de Setembro 1860, foi um dos maiores filósofos alemães do século XIX. Seu pensamento é caracterizado por não se encaixar em nenhum dos grandes sistemas de sua época. Sua obra principal é <i>O mundo como vontade e representação</i> (1819). Schopenhauer foi o filósofo que introduziu o Budismo e o pensamento indiano na metafísica alemã. Ficou conhecido pela sua filosofia pessimista e entendia o Budismo como uma confirmação dessa visão. Schopenhauer também combateu fortemente a filosofia hegeliana e influenciou fortemente o pensamento de Friedrich Nietzsche. Para Schopenhauer, a vontade era a grande força que fazia o universo mover. Era a essência das coisas e nossas representações de mundo eram construídas a partir da vontade. </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.02cm;">o mundo é, de um lado, inteiramente representação, e de outro, inteiramente Vontade. Algo que não fosse nenhuma dessas duas, mas um objeto-em-si (e a essa condição Kant reduziu, desgraçadamente, a coisa-em-si) seria uma quimera fantasmagórica, e sua suposição um fogo fátuo da filosofia(Mundo como vontade e representação., §1, p. 32-33). </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">O pensador parte de uma interpretação de alguns pressupostos da filosofia kantiana, em especial de sua concepção de Fenômeno. Schopenhauer afirma que o mundo não é mais que Representação. Esta conta com dois pólos inseparáveis: por um lado, o objeto, constituído a partir de espaço e tempo; por outro, a consciência subjetiva acerca do mundo, sem a qual este não existiria. Contudo, Schopenhauer rompe com Kant, uma vez que este afirma a impossibilidade da consciência alcançar a Coisa-em-si, isto é, a realidade não fenomênica. Segundo Schopenhauer, ao tomar consciência de si, o homem se experiencia como um ser movido por aspirações e paixões. Estas constituem a unidade da Vontade, compreendida como o princípio norteador da vida humana. Voltando o olhar para a natureza, o filósofo percebe esta mesma Vontade presente em todos os seres, figurando como fundamento de todo e qualquer movimento. Para Schopenhauer, a Vontade corresponde à Coisa-em-si. E afirma: </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.99cm;">o conceito de liberdade originário, empírico e derivado do fazer, resiste a aceitar uma conexão direta com o conceito de vontade. Por isso, para poder aplicar o conceito de liberdade à vontade, haveria que modificá-lo, concebendo-o como mais abstrato. Isso se conseguiria entendendo-se com o conceito de liberdade apenas a ausência de toda necessidade em geral (Sobre a liberdade da vontade, cap. I, p 37.) </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-ctRx9Yh-Ta4/ToOAR--y4aI/AAAAAAAABGg/kLuZlEcCLxY/s1600/s1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-ctRx9Yh-Ta4/ToOAR--y4aI/AAAAAAAABGg/kLuZlEcCLxY/s1600/s1.jpeg" /></a></div><br />
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-F5Nzfc_6rEk/ToOA_JzG5TI/AAAAAAAABGk/-rG9GrbN7tk/s1600/s7" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="http://3.bp.blogspot.com/-F5Nzfc_6rEk/ToOA_JzG5TI/AAAAAAAABGk/-rG9GrbN7tk/s320/s7" width="320" /></a></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Na obra fílmica Siddartha passa a querer conhecer as paixões. Com Kamaswami, aprende os princípios do comércio e a ganhar muito dinheiro. Com Kamala, uma cortesã, descobre os segredos do amor carnal. Ele experimenta todos os modos de vida à medida em que os anos passam. Para o filósofo alemão o impulso do desejo não se da de forma consciente (Schopenhauer foi o primeiro a discutir o inconsciente muito antes de Freud), ao contrário, se desdobra desde o inorgânico até o homem, que deseja sua preservação. A consciência humana seria uma mera superfície, tendendo a encobrir, ao conferir causalidade a seus atos e ao próprio mundo, a irracionalidade inerente à vontade. Sendo deste modo compreendida, ela constitui, igualmente, a causa de todo sofrimento, uma vez que lança os entes em uma cadeia perpétua de aspirações sem fim - este período é representado no filme pelo tempo que Siddartha enriquece e esquece de sua busca espiritual - o que provoca a dor de permanecer algo que jamais consegue completar-se. Segundo tal concepção, o prazer consiste apenas na supressão momentânea da dor; esta é a única e verdadeira realidade. Sua busca só parece terminar quando, já um homem velho, decide tornar-se um simples barqueiro. </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: x-small;">Filmografia:</span></b></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">Siddartha. Conrad Rooks. EUA-Índia. 1972. 89 minutos.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=5119523102691903305&postID=78316517777269464&from=pencil" name="more"></a> <b><span style="font-size: x-small;">Referencias:</span></b></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação. Trad. de Jair Barbosa, São </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">Paulo:UNESP, 2005. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">_____. Sobre la libertad de la voluntad. Trad. de Eugenio Ímaz. 1a ed., 2a reimp., Madrid: </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">Alianza Editorial, 2004. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">KANT, I. Crítica da Razão Pura. Trad: de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">Morujão. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1985. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">149 </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">_____. Crítica da Razão Prática. Trad. de Valério Rohden.1a ed., São Paulo: Martins Fontes, </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">2003.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;"> LEFRANC, J. Compreender Schopenhauer. Trad. de Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">Vozes, 2005. </span></div>Nelson L. Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/15229771418807094458noreply@blogger.com1